Zoneamento agroclimático do abacateiro no estado do Paraná para produção de biocombustíveis

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Resumo: Os objetivos deste trabalho foram caracterizar a fenologia de cultivares de abacate na sua fase produtiva e o potencial de produção de óleo e amido, determinar a tolerância à temperaturas mínimas críticas, analizar os riscos climáticos para definir os municípios aptos e determinar os períodos de colheita, visando a expansão desta cultura como alternativa para produção de biodiesel A caracterização fenológica foi feita em seis cultivares de abacate provenientes da coleção de abacateiros do Intituto Agronômico do Paraná (IAPAR) (23º23’S, 5º11’W) Foram estudados os ciclos produtivos de grupos de cultivares precoce (Geada e Fuerte), meia estação (Quintal e Fortuna) e tardio (Primavera e Margarida) Os frutos foram analisados quanto às proporções dos componentes (polpa, casca e caroço), e teores de lipídios (polpa) e amido (caroço) Os resultados mostraram que a colheita das cultivares precoces ocorreu no início de março/abril, para as cultivares meia estação a colheita ocorreu em maio/junho e para as tardias julho/agosto, nas condições de Londrina As cultivares avaliadas são boas alternativas para extração de óleo devido ao alto teor de lipídeos de suas polpas As mesmas não se diferenciaram estatisticamente em relação ao teor de amido no caroço A diversidade apresentada mostra o potencial de combinar variedades com diferentes ciclos para a produção prolongada de matéria prima para a indústria de biodiesel, tanto de óleo da polpa como álcool do caroço Em uma câmara de crescimento, foram realizados tratamentos com temperaturas mínimas de -2,5 ºC, -4 ºC, -5 ºC e -6 °C, comparadas com um controle exposto à temperatura ambiente O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial, com 4 repetições Os resultados avaliados por meio da taxa fotossintética das plantas após 1 dia, 7 dias e 21 dias; potencial de pressão; e danos foliares visuais após 21 dias evidenciaram que a temperatura mínima de -4 ºC provocou a morte das folhas em 33% das plantas, sob -5 ºC houve morte de 66% das plantas e a -6 ºC todas as plantas morreram A cultivar Fuerte apresentou maior tolerância a geada resistindo parcialmente até -5 ºC com menores danos As cultivares Geada e Quintal tiveram um comportamento intermediário, enquanto as cultivares Fortuna, Margarida e Primavera não se recuperaram satisfatoriamente após 21 dias, paralisando o processo de fotossíntese A Primavera mostrou-se a mais sensível seguida da Margarida e, portanto, devem ser recomendadas somente nas áreas de geadas menos frequentes O zoneamento do risco climático delimitou três zonas de risco para cultivo e uma área de risco muito elevado não recomendada Os períodos de colheita das cultivares avaliadas mostrou uma ampla faixa nos municípios aptos, com possibilidade de produção de frutos em grande parte do ano

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Palavras-chave

Plantas oleaginosas na produção de biodiesel, Óleo de abacate, Fenologia vegetal, Abacate, Cultivares, Oilseed plants in the production of biodiesel, Avocado oil, Phenology, Avocado, Vegetation and climate, Plants

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