Estresse oxidativo e biomarcadores do metabolismo do ferro em pacientes com melanoma cutâneo e melanoma recidivado

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Prado, Sara Santos Bernardes Real

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Resumo

Resumo: Uma das correlações mais aceitas no prognóstico do melanoma cutâneo é a medida da espessura de Breslow, onde tumores mais espessos se relacionam fortemente com o risco de disseminação da doença e morte O estresse oxidativo sistêmico em pacientes com câncer é reportado na literatura, porém seu papel no prognóstico de doenças malignas ainda é controverso As ferritinas de cadeia pesada (FCP) e leve (FCL) são proteínas envolvidas no metabolismo do ferro, relacionadas a um pior prognóstico no câncer O fator de crescimento tumoral beta-1 (TGF-ß1) está intimamente relacionado com a iniciação, progressão e metástase tumoral, sendo os radicais livres capazes de regular sua atividade A relação entre o estresse oxidativo e moléculas relacionadas, como as envolvidas no metabolismo do ferro e na resposta inflamatória, ainda não é bem caracterizado no melanoma O objetivo deste trabalho foi caracterizar esses parâmetros em pacientes em diferentes estadiamentos dessa doença A medida de espessura de Breslow e a presença ou não de recidivas foram utilizadas como parâmetros na divisão dos grupos Um total de 83 pacientes foram recrutados no Hospital do Câncer de Londrina entre abril de 211 e novembro de 212 O grupo controle compreendeu 65 indivíduos saudáveis O sangue venoso foi coletado e usado nas análises sistêmicas Também foram selecionados aleatoriamente 7 blocos parafinizados de tumores de melanoma analisados no Departamento de Patologia do Hospital do Câncer de Londrina, a fim de estudar o estresse oxidativo e moléculas relacionadas no tecido tumoral por imuno-histoquímica Quanto maior a espessura de Breslow e agressividade da doença (recidiva), mais evidentes foram as modificações oxidativas e inflamatórias sistêmicas, caracterizadas principalmente pelo aumento dos níveis de malondialdeído (MDA) e proteína C reativa (PCR) Além disso, tumores cutâneos com maior espessura de Breslow apresentaram maior concentração do produto de oxidação de proteínas 3-nitrotirosina nas análises de imunohistoquímica de células de melanoma e no tecido peritumoral quando comparados a tumores menores Pacientes com recidiva e alto risco de recidiva, apresentaram aumento de FCP sistêmica, enquanto todos os pacientes com melanoma apresentaram aumento da relação FCP:FCL quando comparados a indivíduos saudáveis O aumento dos níveis de FCP foi acompanhado do aumento do estresse oxidativo sistêmico, avaliado pela lipoperoxidação de hemácias Células de melanoma apresentam aumento na marcação de FCP por imunohistoquímica porém em níveis iguais entre as diferentes classificações do tumor A p53, proteína envolvida na proliferação celular, apresentou-se aumentada em tumores metastáticos quando comparados a tumores cutâneos com menores espessuras de Breslow Pacientes com recidiva apresentaram baixos níveis sistêmicos de TGF-ß1, acompanhados de altos níveis de MDA, lipoperoxidação de hemácias e de 3-nitrotirosina Os resultados mostram o estresse oxidativo e moléculas relacionadas possuem perfis característicos nos diferentes estadiamentos do melanoma, acrescentando uma nova perspectiva sobre o estado redox e seu possível envolvimento com a evolução da doença

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Palavras-chave

Melanoma, Estresse oxidativo, Ferro no organismo, Câncer, Oxidative stress, Iron in the body

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