Estilos parentais e risco de problemas de comportamento em crianças inseridas em um serviço de proteção básica do Sistema Único de Assistência Social
Arquivos
Data
Autores
Mainardes, Liliane Wielewski Pobbe
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Resumo: A infância caracteriza-se por um período importante do desenvolvimento humano de forma que o comportamento infantil tem sido alvo de muitos estudos ao longo do tempo Problemas de comportamento constituem o foco de várias dessas pesquisas Estudos sugerem que a forma como os pais interagem com os filhos influencia diretamente no comportamento infantil Fatores de risco, como vulnerabilidades socioeconômicas, constituem-se em variáveis que influenciam a família e tem efeito considerado indesejável ou negativo para o desenvolvimento infantil Sob uma perspectiva analítico-comportamental, todo e qualquer comportamento, por mais complexo que seja, observável ou encoberto, pode ser compreendido a partir do estudo das interações entre organismo e ambiente que produzem alterações recíprocas Assim, este trabalho objetivou verificar se existem relações entre estilos parentais e risco de problemas de comportamento em crianças inseridas no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) de um município do Estado do Paraná A pesquisa foi desenvolvida em quatro etapas: (1) levantamento e identificação dos cuidadores de crianças entre 6 e 11 anos inseridas no SCFV; (2) contato e convite para a participação da pesquisa; (3) coleta de dados: aplicação dos instrumentos - Questionário de Capacidades e Dificuldades - SDQ (Fleitlich, Cartázar, & Goodman, 2) e Inventário de Estilos Parentais - IEP (Gomide, 26); e (4) correção dos instrumentos aplicados e análise dos resultados Verificou-se que a maioria das famílias inseridas no SCFV que compõem a amostra pesquisada, apresentaram um estilo parental de risco Os resultados do SDQ revelaram a possibilidade de existir sintomas emocionais e problemas de conduta com escore clínico ou limítrofe em mais da metade das crianças cujos cuidadores participaram da pesquisa Mais da metade das crianças cujos cuidadores obtiveram iep classificado como regular ou de risco (56,7%), apresentaram um total de Dificuldades/Problemas de Comportamento considerado limítrofe ou clínico (57,1%), enquanto que as crianças cujos cuidadores apresentaram iep classificado como bom ou ótimo (48%), 62% revelaram resultado saudável para o total de Dificuldades/Problemas de Comportamento Observou-se ainda que a porcentagem por escala de Dificuldades/Problemas de Comportamento para limítrofe e clínico nas crianças cujos cuidadores apresentaram iep regular ou de risco é consideravelmente mais elevada quando comparada a crianças cujos cuidadores obtiveram bom ou ótimo como resultado do IEP Os dados receberam tratamento estatístico (teste de correlação de Spearman) em que se verificou correlações negativas entre iep e as escalas de Problemas de Conduta e Hiperatividade (E2 e E3 em SDQ) Concluiu-se que existem indicativos de interdependências comportamentais entre estilos parentais e problemas de comportamento na amostra da população estudada
Descrição
Palavras-chave
Análise do comportamento, Pais e filhos, Crianças, Conduta, Relações humanas na infância, Behavioral analysis, Parent and child, Children - Institutional care