O debate sobre a ordem patriarcal de gênero no processo de formação profissional dos cursos de serviço social das universidadades públicas do norte do Paraná
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Resumo
Resumo: As determinações da ordem patriarcal de gênero no Serviço Social brasileiro acompanharam essa profissão desde sua gênese, tendo em vista ser uma profissão situada na divisão social e sexual do trabalho Esta dimensão é expressa pela presença esmagadora das mulheres no Serviço Social desde sua emergência no Brasil, mas também é evidenciada pela formação e atuação profissional a partir de um referencial conservador que imprimia na compreensão e na ação das/os assistentes sociais pioneiras/os um caráter de naturalização dos ditames do Sistema de Dominação/Exploração vigente Contudo, no período de questionamento do conservadorismo no Serviço Social, expressado na concepção da “intenção de ruptura” do Movimento de Reconceituação, a profissão passou a aproximar-se com a teoria social de Marx Também é no bojo da fase de “intenção de ruptura” que a profissão apropria-se de estudos e pesquisas sobre a temática de gênero Essa dinâmica acabou influenciando seu projeto profissional na perspectiva de uma sociedade sem discriminação de classe, raça/etnia e gênero Tendo em vista esse cenário profissional, nesta pesquisa buscamos compreender a inserção da discussão sobre a ordem patriarcal de gênero no processo de formação profissional dos cursos de Serviço Social das universidades públicas do norte do Paraná A fim de responder esse objetivo, o presente trabalho se debruçou na pesquisa descritiva de natureza qualitativa Quanto ao objeto tratou-se de pesquisa de campo e documental, delimitando-se a amostra não probabilística a partir de três cursos de Serviço Social de universidades públicas do norte do Paraná A pesquisa abrangeu a coleta e análise das entrevistas realizadas junto às coordenações pedagógicas e das produções de Trabalhos de Conclusão de Curso e Projetos Políticos Pedagógicos das referidas instituições de ensino Com relação aos resultados dessa investigação, apontamos que, embora os cursos absorvam, em alguma medida, o debate de questões relacionadas à ordem patriarcal de gênero, o fazem de maneira focalizada Foi percebido que essa discussão não é apreendida na sua condição de determinação das relações sociais, mas geralmente tratada como elemento subsidiário para debater particularidades de questões emergentes na contemporaneidade
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Palavras-chave
Serviço social, Assistentes sociais, Formação profissional, Gênero, Social service, Gender