Os trânsitos de um capuz vermelho no século XXI

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Resumo

Resumo: O conto “Chapeuzinho Vermelho” perpetuou-se na memória dos indivíduos através dos séculos Essencialmente, fora transmitida pelo uso da voz Posteriormente, essa narrativa foi compilada por Perrault no século XVII e no século XIX foi amplamente divulgada pelos Irmãos Grimm O presente trabalho visa a analisar como a voz se presentifica em material escrito, especificamente nas releituras contemporâneas do clássico conto infantil Ao lermos as variantes escritas de “Chapeuzinho Vermelho”, averiguamos a movência dessa narrativa A sondagem desses textos sugere dimensões de um universo vocal, de uma poesia do aqui agora, refletindo, em cada tempo e espaço, elementos pertencentes a práticas culturais e sociais Partindo de pressupostos teóricos de Paul Zumthor e Vladimir Propp, a respeito da poesia oral e da morfologia dos contos maravilhosos, respectivamente, analisaremos as variantes do conto “Chapeuzinho Vermelho” publicadas a partir do ano 2 no Brasil O critério de escolha das obras que compõem o corpus dessa pesquisa baseou-se na diversificação de gêneros (literatura de cordel, literatura infantojuvenil e romance) a fim de que, a partir destes livros, seja possível o esboço de um panorama sobre a movência dessa narrativa nos livros publicados no Brasil nesse século Os livros que compõem o corpus dessa Dissertação são: Chapeuzinho vermelho: uma aventura borbulhante de Lynn Roberts; Chapeuzinhos Coloridos de José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta; Chapeuzinho Vermelho recontado por Julio Emílio Braz; O casamento da Chapeuzinho Vermelho de Cleusa Santo; O casamento da Chapeuzinho Vermelho com o Pequeno Polegar de Costa Senna; Uma Chapeuzinho Vermelho de Marjolaine Leray; Chapeuzinho Vermelho e o arco-íris: uma história sem lobo de Marcia Muraco Schobesberg; Chapeuzinho Redondo de Geoffroy de Penart; Dois chapéus vermelhinhos de Ronaldo Simões Coelho; A verdadeira história da Chapeuzinho Vermelho de Agnese Baruzzi e Sandro Natalini; Mamãe é um lobo! de Ilan Brenman, Chapeuzinho Anuncie aqui! Vermelho de Alain Serres baseado no conto de Charles Perrault; A peleja de Chapeuzinho Vermelho com o Lobo Mau de Arievaldo Viana; Chapeuzinho Vermelho de Mauricio de Sousa e o romance A garota da Capa Vermelha de Sarah Blakley-Cartwright Objetivamos com esta análise auscultar cada uma dessas obras, observando nelas, índices e marcas de oralidade presentes na escrita, o diálogo com outros textos (intertextualidade) e outras vozes (intervocalidade), a ressignificação do texto, devido à sua atualização constante (conceito de movência), além de evidenciar os elementos culturais e sociais contemporâneos agregados a esses textos, enfatizando, portanto, questões inerentes ao homem na contemporaneidade Ressaltaremos os temas abordados nesses livros, bem como apontaremos as categorias de mudanças (estrutura textual, inserção de outras personagens do mundo maravilhoso, ilustração, a influência do politicamente correto, meios de comunicação, incompletude, ou seja, a tradição como continuidade da narrativa) ao cotejá-los com o texto matricial apontado pelo historiador Robert Darnton

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Palavras-chave

Chapeuzinho Vermelho (Conto), Contos, História e crítica, Literatura infantojuvenil, História e crítica, Children's literature, History and criticism, Short stories, History and criticism

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