Qualidade de sementes e grãos de aveia granífera (Avena sativa spp) em diferentes condições de armazenagem
Data
2024-02-20
Autores
Piva, Patricia Emrich
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
A aveia (Avena sativa L.) é cultivada em diversas regiões do mundo, desempenhando papel significativo tanto na alimentação humana quanto na produção animal. No entanto, produzir e conservar a qualidade dos grãos e das sementes de aveia são desafios para os produtores e indústria. O objetivo deste estudo foi avaliar o potencial fisiológico de sementes e a qualidade industrial de grãos de aveia granífera (Avena sativa L.) submetidos à diferentes condições de armazenagem. Para tanto foram realizados dois trabalhos, sendo que no primeiro avaliou-se a qualidade fisiológica das sementes armazenadas para fins de multiplicação em nível de campo, e no segundo avaliou-se a qualidade dos grãos de aveia armazenados em silos como matéria prima para fins industriais e consumo humano. No primeiro experimento utilizaram-se sementes de lotes das cultivares IPR Afrodite, IPR Andrômeda e URS Corona armazenadas por seis meses em big bags de polipropileno em armazém convencional e em sacos de papel kraft em câmara fria. A cada dois meses realizaram-se amostragens das sementes, e avaliaram-se as seguintes variáveis: teor de água, peso de mil sementes, germinação, primeira contagem do teste de germinação, comprimento de plântulas, massa seca de plântulas, condutividade elétrica, envelhecimento acelerado, índice de velocidade de emergência de plântulas (IVE) e emergência de plântulas em areia. No experimento com grãos de aveia foram avaliadas duas condições de armazenagem em silos metálicos por oito meses, sendo uma com aeração convencional, com ar na temperatura ambiente, e a outra de aeração com ar refrigerado, com insuflamento de ar no silo, na temperatura de 12 ºC. Em intervalos de dois meses foram avaliados: peso hectolitro, teor de água, proteína, cinzas, acidez, aflatoxina, deoxinevalenol, zearalenona, resistência de grãos, resistência ao descascamento, peso de mil grãos e rendimento industrial. O delineamento estatístico de ambos os experimentos foram inteiramente casualizados e os dados coletados foram submetidos as análises de variância conjunta de ambientes, e quando significativa realizou-se a regressão para cada característica avaliada ao longo do tempo. Para o experimento com sementes, a matriz dos dados das variáveis foi padronizada e analisada por meio da análise multivariada de componentes principais (ACP). Os diferentes tipos de armazenamento testados não afetaram nem a germinação nem a emergência em campo das sementes de aveia granífera, indicando que tanto o armazém convencional como a câmara fria são ambientes favoráveis para a manutenção da germinação. O armazenamento por até 8 meses é prejudicial para a germinação das sementes da cultivar URS Corona, mas não afeta as cultivares IPR Afrodite e IPR Andrômeda. O vigor das sementes das cultivares URS Corona e IPR Afrodite é reduzido com o armazenamento. Ocorre perda de matéria seca a partir do quarto mês de armazenamento no armazém convencional para todas as cultivares estudadas. Nos grãos o teor de proteína diminuiu, enquanto a acidez aumentou durante o período de armazenamento de oito meses. A resistência de grãos e resistência ao descascamento diminuem durante o período de armazenamento. Com relação ao silo refrigerado e silo de aeração convencional conclui-se que não houve diferença em relação aos aspectos avaliados.
Descrição
Palavras-chave
Armazenamento de grãos, Qualidade industrial, Conservação de sementes, Vigor de sementes