Variabilidade pluviométrica na bacia hidrográfica do Rio Preto e Paraibuna (MG/RJ): estruturas, dinâmicas e fluxos

Data

2022-07-06

Autores

Oliveira, Daiane Evangelista de

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

A variabilidade pluviométrica de uma região é a materialização das interações entre a atmosfera e o ambiente, no tempo e no espaço, que se caracterizam pelas distintas tipologias de tempo e clima e se diferenciam de um local para outro. Tais relações ocorrem de forma hierárquica e multiescalar, pelas conexões e sobreposições entre forçantes, e se configuram conforme os componentes do seu sistema climático, que são suas estruturas, dinâmicas e processos. Neste contexto, o objetivo da presente tese foi caracterizar a variabilidade espacial e temporal das chuvas da Bacia Hidrográfica do Rio Preto e Paraibuna, com ênfase para seus períodos secos e chuvosos, para a partir daí confirmar ou refutar a existência de um regime de chuvas de monções enquanto um dos fatores responsáveis pela distribuição temporal de tal elemento meteorológico; e, também, compreender o papel do relevo como uma das estruturas capazes de organizar e diferenciar espacialmente os regimes. Na busca pela concretização deste objetivo foi realizado um levantamento de dados meteorológicos (série 1950-2018), topológicos e atmosféricos, a partir dos quais fez-se a identificação dos regimes anuais e interanuais das chuvas; dos padrões hipsométricos; e dos principais fluxos atmosféricos em escala continental (América do Sul). As bases de dados utilizadas foram os registros pluviométricos disponibilizados pela Agência Nacional das Águas (ANA), as imagens geotopo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e as informações atmosféricas obtidas através da National Oceanographic and Atmospheric Administration (NOAA). Os procedimentos metodológicos adotados se dividiram em: organização, síntese e apresentação de dados tabulares; e mapeamento das feições atmosféricas e de superfície. Os resultados indicaram haver dois períodos climáticos bem definidos, com o início do período chuvoso na pêntada de número 30 (26 a 30 de maio) e o do período seco na 54 (23 a 27 de setembro), o que confirma a inserção da bacia no Sistema de Monções Sul-americano. Foi identificado um padrão espacial de Oeste para Leste, que se manifesta na duração destes períodos e na distribuição dos acumulados anuais e diários de chuva, os quais possuem correspondência direta com os padrões hipsométricos, havendo locais em que a sazonalidade das chuvas é menos ou mais perceptível. Concluiu-se, portanto, que a bacia hidrográfica do rio Preto e Paraibuna está entre os locais que integram o regime de monções Sul-americano, mas que o relevo é um delimitador de unidades climáticas na bacia, diferenciando, localmente, áreas com maior ou menor imponência do regime monçônico, confirmando, portanto, a hipótese inicial da pesquisa

Descrição

Palavras-chave

Chuvas, Variabilidade, Forçantes, Monções, Perspectiva Sistêmica, Geografia, Estações meteorologicas, Climatologia, Bacia hidrográfica - Rio Preto e Paraibuna

Citação