Diversidade genética e resistência à Meloiogyne enterolobii em porta-enxerto de tomate
Data
2024-03-28
Autores
Fukuji, Aida Satie Suzuki
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Resumo
Muitos são os desafios encontrados para o cultivo e produção do tomate, sendo as doenças de solo um importante fator limitante devido à forte influência na produtividade e a dificuldade na erradicação de alguns patógenos em sistemas de cultivo. No Brasil, os nematoides de galhas são considerados um dos principais problemas enfrentados pelos agricultores. Entre as estratégias de controle está o uso de porta-enxertos devido à sua eficácia no controle de doenças. Além disso, alguns porta-enxertos demonstram a capacidade potencializar a absorção de água e nutrientes do solo. Esse efeito sinérgico contribui para o aumento do vigor e da produtividade das plantas, proporcionando resultados promissores na agricultura. Sendo assim, o presente projeto está dividido em dois capítulos, sendo o primeiro foi avaliar a resistência de diversos acessos de tomates silvestres às espécies de nematoides Meloidogyne javanica, M. enterolobii, M. incognita e M. paranaensis, e de porta-enxertos de tomate e suas combinações exclusivamente ao M. enterolobii, buscando elucidar a base genética da resistência a esse patógeno; e o segundo avaliar diferentes porta-enxertos comerciais de tomate quanto a características agronômicas, bioquímicas e moleculares. Para capítulo 1, foram avaliadas oito espécies silvestres de tomate (Solanum galapagense, S. pimpinelllifolium, S. chmielewskii, S. chilense, S. peruvianum, S. habrochaites, S. neoricki e S. pennellii) e 15 porta-enxertos comerciais. O acesso de S. peruvianum apresentou os menores valores de fator de reprodução (RF) e nematoides por grama de raiz (NGR), indicando uma importante fonte de resistência, especialmente contra M. enterolobii. Os porta-enxertos de tomate avaliados foram suscetíveis a M. enterolobii, embora alguns apresentassem valores relativamente baixos de RF e NGR, indicando um grau de tolerância. A análise dialelica revelou efeitos significativos para as capacidades gerais e específicas de combinação, indicando a importância de efeitos aditivos e não aditivos na herança da resistência. Os porta-enxertos TD1, Embajador e Shield se destacaram, sendo indicado para uso em programas de melhoramento visando o desenvolvimento de porta-enxertos tolerantes ao M. enterolobii. Para o segundo capítulo, os mesmos 15 porta-enxertos foram avaliados para diferentes características agronômicas e bioquímicas dos frutos, utilizando a cultivar Trinidade como enxerto. Além disso, esses porta-enxertos foram caracterização com base no marcador molecular AFLP e com base nessas informações sete porta-enxertos foram selecionados para análise dialelica com base nas mesmas características agronômicas e bioquímicas dos frutos. Uma ampla variabilidade de resposta para as características agronômicas e bioquímicas dos frutos foi observado entre os diferentes porta-enxertos, sendo verificado incremento no número de frutos e, consequentemente, no rendimento. Além disso, foi observado modificações bioquímicas nos frutos, principalmente, no aumento de açúcar redutores e vitamina C, e redução para o ter de licopeno. Essa ampla diversidade, também foi verificado do ponto de vista molecular sendo está relacionada, principalmente, a genealogia e a sua natureza (intra e interespecífico) dos porta-enxertos. Pela análise dialelica, foi observado ausência de significância para as características relacionadas com rendimento (TF, TCF, TFM e CFM), indicando um desempenho similar desses cruzamentos e inviabilizando a seleção para essas características
Descrição
Palavras-chave
Solanum lycopersicum L., Caracterização agronômica, Nematoide das galhas, Resistência genética, Capacidade de combinação