Diferentes espessuras de gordura subcutânea no abate de cordeiros castrados e não castrados Santa inês e Dorper
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Fernandes Junior, Francisco
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Resumo
Resumo: Objetivou-se com este trabalho avaliar os parâmetros produtivos, componentes sanguíneos, características de carcaça e qualidade da carne de cordeiros Santa Inês e Dorper, castrados e não castrados, terminados em confinamento e abatidos com diferentes espessuras de gordura subcutânea (EGS) avaliadas por ultrassonografia in vivo Foram utilizados 69 cordeiros machos de dois grupos genéticos, sendo 34 Santa Inês e 35 Dorper Destes, metade de cada grupo foi castrado Os abates e tempo de confinamento foram da seguinte forma: Dorper com mm de EGS: 27 dias; Santa Inês com mm EGS: 39 dias; Santa Inês e Dorper com 3 mm EGS: 84 dias e Santa Inês e Dorper com 6 mm de EGS: 13 dias de confinamento Não houve diferença no ganho de peso diário (GMDP) entre raças, obtendo médias de ,265 kg dia-1 para os cordeiros Santa Inês e ,263 kg dia-1 para Dorper Para a condição sexual, animais não castrados (GMDP=,28 kg) ganharam mais peso do que os castrados (GMDP=,248 kg) A velocidade de crescimento foi maior nos machos não castrados, devido a ação anabólica do hormônio testosterona O consumo de MS e nutrientes aumentou de acordo com o aumento da EGS (P<,1), sendo mais expressivo em animais abatidos com 6 mm de EGS, os quais apresentaram pior conversão alimentar (6,6) Animais não castrados apresentaram maiores valores finais de testosterona do que os castrados (2,69 vs ,51 ng mL-1) Triglicerídeos, colesterol e uréia apresentaram resultados dentro dos valores de referência para a espécie ovina Os cordeiros Dorper apresentaram-se 22% superiores ao valor de conformação subjetiva e 15,73% a mais de valor de acabamento subjetivo em relação à Santa Inês Cordeiros Dorper depositaram mais gordura que o Santa Inês, sendo que no abate pretendido com 6 mm EGS, apresentou 7,34 mm contra 3,61 mm de EGM do Santa Inês, com mesma idade e tempo de confinamento Quanto maior EGS, maior foi o peso corporal final dos animais (mm=29,25 kg; 3mm=41,66; 6 mm=55,33 kg) A carne ficou mais escura (L*=4,92 para 36,23), menos avermelhada (a*= 5,32 para 14,77) e menos amarelada (b*=11,33 a 9,45) entre as espessuras de mm e 6 mm Incrementou-se maior quantidade de extrato etéreo na carne conforme se aumentou a EGS ao abate, ou seja, em animais mais velhos e com maior peso corporal ( mm=27,29; 3 mm=29,45; 6 mm=42,7) A EGS de 6 mm afetou negativamente a carne na análise sensorial, aumentando os sabores desagradáveis e causando uma redução na aceitação pelos provadores A medida real de EGS tomada em ultrassonografia apresentou alta correlação positiva com a medida tomada no músculo (EGM) demonstrando a possibilidade de utilização in vivo para predição real da EGM, além de ter alta correlação positiva com a conformação e acabamento Recomenda-se o abate de cordeiros Santa Inês e Dorper com 3 mm de gordura subcutânea
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Palavras-chave
Carne ovina, Qualidade, Ovino, Carcaça, Produção animal, Quality, Lamb, Animal production, Veterinary ultrasonography, Meat - Cutting, Lamb (Meat)