Efeito de 12 semanas de treinamento resistido sobre a força muscular dinâmica, hipertrofia muscular e aptidão funcional em mulheres idosas destreinadas : uma análise baseada na massa muscular esquelética

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Moraes, Gabriel Kunevaliki de

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Resumo: Introdução: A massa muscular esquelética (MME) é um componente da composição corporal que exerce importante papel para à saúde, prevenção e controle de diversas doenças Maiores níveis de MME estão relacionados a um quadro clínico mais favorável à saúde e maior independência física em idosos Por outro lado, a redução progressiva da MME durante o envelhecimento pode comprometer a produção de força muscular e a autonomia, favorecendo o desenvolvimento de doenças como a sarcopenia, que está associada a um maior risco de quedas, fraturas e mortalidade Ainda que o treinamento resistido (TR) seja uma estratégia eficaz para a melhoria da MME, força muscular e aptidão funcional, a possível influência dos valores iniciais de MME sobre a magnitude das respostas adaptativas associadas a esse tipo de treinamento, bem como o impacto que a responsividade ao ganho de MME pode exercer sobre as alterações desses parâmetros, ainda, não está bem estabelecido pela literatura Objetivos: (a) Analisar os efeitos de 12 semanas de TR sobre a força muscular dinâmica, qualidade muscular, aptidão funcional e hipertrofia muscular em mulheres idosas destreinadas, de acordo os níveis iniciais de MME; (b) investigar o impacto da responsividade aos ganhos de MME após 12 semanas de TR sobre a força muscular dinâmica e aptidão funcional em mulheres idosas destreinadas Métodos: Cento e seis mulheres idosas (idade = 69,2 ± 5,6 anos; massa corporal = 65,5 ± 12,1 kg; estatura = 154,6 ± 6,1 cm; IMC = 27,29 ± 4,13 kg/m²) fisicamente independentes foram submetidas a um programa de TR para os diferentes segmentos corporais ao longo de 12 semanas (oito exercícios, três séries de 1 a 15 repetições, três sessões semanais) Medidas de força muscular dinâmica (testes de 1RM), aptidão funcional (testes motores) e massa isenta de gordura e osso (MIGO) foram obtidas pré e pós-intervenção Adicionalmente, a MME foi estimada a partir da MIGO apendicular por absortometria radiológica de dupla energia O índice de qualidade muscular (IQM) foi determinado pela razão entre a força muscular (1RM) e MIGO Para a análise do efeito da MME sobre as respostas adaptativas induzidas pelo TR, a amostra foi dividida em três grupos, de acordo com os tercis de MME relativa à estatura² na linha de base, a saber: tercil inferior (INF, n = 35), intermediário (INT, n = 36) e superior (SUP, n = 35) Adicionalmente, para a análise do impacto exercido pela responsividade aos ganhos de MME após 12 semanas de TR sobre as respostas adaptativas de força muscular dinâmica e aptidão funcional a amostra foi dividida em dois grupos, a partir da responsividade ao ganho de MME (aumento = ,58 kg), a saber: não-responsivas (N-RP, n = 51) e responsivas (RP, n = 55) Equações de estimativas generalizadas (GEE) foram utilizadas para as comparações intra e intergrupos Modelos lineares generalizados (GZLM) foram utilizados para as comparações das características gerais da amostra entre os grupos no pré-treinamento e a mudança percentual (?%) do pré para o pós-treinamento A significância estatística estabelecida foi de P < ,5 Resultados: Diferenças estatisticamente significantes (P < ,5) foram observadas entre os grupos INF e SUP após 12 semanas de TR, com os maiores tamanho de efeito sendo revelados para o grupo INF na MIGO de membros inferiores (INF = ,47; INT = ,4; SUP = ,19), MIGO apendicular (INF = ,44; INT = ,41; SUP = ,23), MME (INF = ,44; INT = ,4; SUP = ,22), 1RM no supino vertical (INF = ,83; INT = ,5; SUP = ,41), carga total levantada em testes de 1-RM (INF = ,66; INT = ,53; SUP = ,38), IQM de tronco (INF = ,88; INT = ,49; SUP = ,33), IQM total (INF = ,62; INT = ,42; SUP = ,3) e no teste de sentar e levantar (INF = ,63; INT = ,48; SUP = ,8) Aumentos estatisticamente significantes (P < ,5) foram encontradas para MIGO de membros superiores (INF = ,27; INT = ,33; SUP = ,27), MIGO total (INF = ,25; INT = ,2; SUP = ,12), 1RM na rosca scott (INF = ,86; INT = 1,3; SUP = 1,7), IQM de membros superiores (INF = ,69; INT = ,65; SUP = ,74) e no teste de caminhada de 6 min (INF = ,34; INT = ,63; SUP = ,51), sem diferenças entre os grupos (P > ,5) Em contrapartida, não foram identificadas mudanças estatisticamente significantes intra e intergrupos (P > ,5) para MIGO de tronco (INF = ,6; INT = ,1; SUP = ,2), 1RM na cadeira extensora (INF = ,21; INT = ,25; SUP = ,2), IQM de membros inferiores (INF = -,1; INT = ,6; SUP = - ,5), teste de flexão de cotovelo (INF = ,35; INT = ,36; SUP = ,24) e no teste de levantar da cadeira e caminhar (INF = -,14; INT = -,26; SUP = -,39) Na segunda análise diferenças estatisticamente significantes (P < ,5) foram observadas entre os grupos N-RP e RP após 12 semanas de TR, com os maiores tamanho de efeito sendo observados para o grupo RP para MIGO de membros superiores (N-RP = ,12 e RP = ,32), MIGO de membros inferiores (N-RP = -,1 e RP = ,46), MIGO apendicular (N-RP = ,3 e RP = ,44), MIGO total (N-RP = -,2 e RP = ,27) e MME (N-RP = ,2 e RP = ,43) Por outro lado, o grupo N-RP apresentou maior tamanho de efeito no teste de flexão de cotovelo (N-RP = ,65 e RP = ,2) Aumentos estatisticamente significantes (P < ,5) foram encontradas para 1RM no supino vertical (N-RP = ,52 e RP = ,55), 1RM na rosca scott (N-RP = ,91 e RP = ,76), carga total levantada em testes de 1-RM (N-RP = ,44 e RP = ,45), teste de caminhada de 6 min (N-RP = ,47 e RP = ,53) e teste de sentar e levantar (N-RP = ,4 e RP = ,39), sem diferenças entre os grupos (P > ,5) Em contrapartida, não foram identificadas mudanças estatisticamente significantes intra e intergrupos (P > ,5) para 1RM na cadeira extensora (N-RP = ,12 e RP = ,16), MIGO de tronco (N-RP = -,6 e RP = ,9) e para o teste de levantar da cadeira e caminhar (N-RP = -,17 e RP = -,32) Conclusão: Os resultados sugerem que o comportamento da força muscular dinâmica, qualidade muscular, aptidão funcional e hipertrofia muscular após 12 semanas de TR pode ser influenciado pelos níveis iniciais de MME em mulheres idosas previamente destreinadas, com as maiores respostas adaptativas sendo encontradas no tercil inferior para a maioria das variáveis analisadas Além disso, a responsividade ao ganho de MME parece não influenciar nas respostas adaptativas da força muscular dinâmica e aptidão funcional em mulheres idosas destreinadas após 12 semanas de TR

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Palavras-chave

Exercícios físicos para mulheres idosas, Força muscular, Exercício resistido, Hipertrofia, Muscle strength, Resistance exercise, Hypertrophy, Exercise for older women

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