Variabilidade qualitativa de grãos de soja
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Souza, Nátali Maidl de
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Resumo
Resumo: A cultura da soja tem grande importância para a economia brasileira e mundial É a cultura anual com maior produção de proteína do mundo, com baixo custo e em curto espaço de tempo Ao observar a dinâmica de comercialização de soja no Brasil, não há estratégias de segregação qualitativa de grãos no momento de comercialização, recepção e utilização da biomassa em cooperativas e/ou agroindústrias Diversos estudos têm demonstrado a variabilidade qualitativa dos grãos em função do manejo agronômico e das condições de cultivo, o que apoia a introdução deste tipo de conceito O objetivo deste trabalho foi relacionar teores de proteína, óleo e perfil de ácidos graxos extraídos de grãos de soja com o genótipo, manejo agronômico e/ou condições edafoclimáticas de cultivo, detectando diferença regional e de manejo significativas sobre a qualidade dos grãos Dois experimentos distintamente foram conduzidos: A) determinação dos fatores que mais afetam os teores de proteína, óleo e o perfil de ácidos graxos em soja, considerando como variáveis classificatórias ano de cultivo, grupo de maturidade, altitude e soma térmica janeiro-fevereiro; B) determinação do efeito de épocas de aplicação de redutor de crescimento e populações de plantas sobre os componentes de rendimento, qualidade fisiológica e química de sementes de soja No experimento A, 11 amostras de sementes provenientes de três anos de cultivo, em 25 municípios, de três grupos de maturidade e seis genótipos foram analisadas No experimento B, o efeito de quatro épocas de aplicação de redutor de crescimento (lactofen) (testemunha, V2, V5 e R1) e populações de plantas (Experimento 1: 222222; 266667; 311111; 355556 plantas ha-1; Experimento 2: 17; 2; 23; 26 plantas ha-1) em delineamento de blocos aleatorizados e esquema fatorial foi estudado Tanto o manejo agronômico, baseado na utilização de regulador de crescimento e alterações na população de plantas quanto às condições edafoclimáticas de cultivo apresentam fortes influência sobre a variabilidade qualitativa de grãos em soja A maior influência sobre a variabilidade do teor de proteína e ácido oleico (C 18:1) foi o grupo de maturidade, onde ambos foram aumentando em grupos mais tardios; do teor de óleo, ácido palmítico (C 16:) e esteárico (C 18:) foi o ano de cultivo, onde os teores foram aumentando com o passar dos anos; do ácido linoleico (C 18:2) foi a soma térmica janeiro/fevereiro, com tendência de redução do teor com aumento da soma térmica; e do ácido linolênico (C 18:3) foi a altitude, com aumento do teor concomitante ao aumento da altitude Quanto ao manejo agronômico baseado na utilização de redutor de crescimento e populações de plantas, para o rendimento de grãos as épocas de aplicação não proporcionaram efeitos suficientes para conclusão de melhor época de aplicação, sendo que ausência de aplicação não diferiu das aplicações Para a qualidade fisiológica, não há diferença entre aplicar em V5 ou em R1 Para teor proteína, as aplicações mais precoces foram melhores e para rendimento de óleo, aplicações mais tardias demonstraram melhores resultados
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Palavras-chave
Soja, Qualidade, Soja, Proteínas, Soja, Plant ecophysiology, Physiology, Seeds, Proteins, Soybean - Quality, Soybean, Seeds