Imunização em suínos com proteínas de roptrias e recombinante (rROP2) do Toxoplasma gondii para proteção contra a formação de cistos teciduais

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Cunha, Ivo Alexandre Leme da

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Resumo

Resumo: O Toxoplasma gondii é um parasita intracelular obrigatório que acomete todos os animais homeotermos e o homem O consumo de carne suína crua ou mal cozida contendo cistos é considerada uma das mais importantes fontes de infecção para o ser humano Assim, o desenvolvimento de vacinas, objetivando a proteção contra a formação de cistos teciduais, pode contribuir para o controle do T gondii O objetivo do presente estudo foi valiar a resposta imune e a proteção contra a presença do Toxoplasma gondii em tecidos de suínos imunizados com proteínas nativas de roptrias e proteína recombinante (rROP2) do T gondi, pelas vias intranasal e intramuscular No primeiro experimento, foram utilizados 13 suínos mestiços, divididos em três grupos, G1 (n=6) receberam proteínas de roptrias (2 µg) associadas ao Quil-A (5 µg), G2 (n=4) e G3 (n=3) receberam Quil-A (5 µg) e PBS, respectivamente Os tratamentos foram administrados em intervalos de 21 dias pela via nasal Sete dias após a última dose da vacina dois animais do G1 foram eutanasiados para coleta de linfonodos mesentéricos e os demais animais do G1 foram desafiados com 13 oocistos infectantes da cepa VEG e abatidos 45 dias após o desafio A imunidade humoral (IgG e IgM) e a imunidade celular foram avaliadas pelo o Ensaio Imunoenzimatico Indireto (ELISA) e por proliferação de linfócitos, respectivamente, e a presença de cistos nos cérebros dos suínos foi avaliada pela técnica de bioensaio em camundongos Em conclusão, a imunização em suínos pela via nasal com proteínas de roptrias e Quil-A como adjuvante foi capaz de estimular alta resposta celular em linfócitos de linfonodos mesentéricos e proteção parcial contra a formação de cistos cerebrais No segundo experimento foram utilizados 12 suínos mestiços, divididos em três grupos, G1 (n=4) receberam proteínas recombinantes ROP2 do T gondii (2 µg) associadas ao ISCOMATRIX, G2 (n=4) e G3 (n=4) receberam ISCOMATRIX e PBS, respectivamente Todos os tratamentos foram administrados pela via nasal nos dias , 14, 28, 42, 56 e 72 e pela via intramuscular nos dias 86, 93 e 1 No dia 11 todos os animais foram desafiados com 4x14 oocistos infectantes da cepa VEG A imunidade humoral (IgG, IgM e IgA) foi avaliada utilizando ELISA e a presença de T gondii no sangue e tecidos (língua, masseter, coração e diafragma) foi avaliada pela técnica de bioensaio em camundongos Todos os animais do G1 produziram anticorpos (IgG, IgM e IgA) acima do ponto de corte, no dia do desafio Animais do G2 e G3 permaneceram com títulos abaixo do ponto de corte antes do desafio Após o desafio foi observado produção de altos títulos de anticorpos produzidos nos animais imunizados e soro conversão observada em nove dias pós desafio nos animais do grupo controle e foi observado proteção parcial contra a presença do T gondii nos tecidos Como conclusão as proteínas de roptrias do T gondii administradas pela via nasal com Quil-A estimularam a resposta imune celular intestinal e as proteínas recombinantes do T gondii administradas pela via intramuscular com ISCOMATRIX estimularam a produção de altos títulos de anticorpos em suínos e em ambos os estudos foram verificadas a proteção parcial contra a presença de cistos teciduais do T gondii Para um melhor estímulo da resposta imune, estudos sobre imunização em suínos envolvendo duas ou mais proteínas recombinantes do T gondii associadas na mesma vacina devem ser avaliadas no futuro, além de estudos sobre imunizações objetivando a redução de lesões oculares causadas pelo Toxoplasma gondii em suínos

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Palavras-chave

Imunologia veterinária, Resposta imune, Toxoplasma gondii, Vacinas, Veterinary immunology, Immune response, Vaccines

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