Caminhos inversos : do surrealismo à poética teatral de Alfred Jarry

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Resumo

Resumo: Este trabalho procura descrever o movimento surrealista e sua implicação, como poética e resultado de uma visão de mundo cujas origens são anteriores ao movimento de 1924 Procura-se demonstrar o que foi o teatro vinculado ao movimento surrealista e sua cisão, principalmente a partir do rompimento entre Artaud e Breton Verificamos a repercussão de várias poéticas que surgem no teatro do século XX, em especial o caso de Artaud, para, pelo caminho inverso, passando pela ideia de uma teatralidade simbolista (transição do século XIX para o XX) até o naturalismo (segunda metade do século XIX) e o romantismo no começo do século XIX Para nós, essas correntes estão vinculadas à visão de mundo que tem no surrealismo seu “modo de realização”, sendo comum às poéticas modernas, entre outros elementos, sua tendência à ruptura e o imperativo, sempre recorrente, de uma interação, cada vez mais aproximada à fusão da arte e da vida Terminamos, inversamente, em nosso ponto de partida: a poética teatral e a visão de mundo de Alfred Jarry Sua primeira peça (Ubu roi) era chamada pelo próprio autor de “sátira simbolista”, exibindo (e isto continua nas outras peças que se seguem em sua “Gesta ubuesca”) em fins do século XIX, uma densidade e quantidade de identificações com a poética surrealista que demonstram uma antecipação sem par de tal poética no teatro e, consequentemente, de uma teatralidade inauguradora de possibilidades cada vez maiores

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Palavras-chave

Jarry, Alfred, 1873-1907, Crítica e interpretação, Teatro francês, História e crítica, Surrealism in the theater, Experimental theater, Poetic theater, French theater - History and criticsm

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