O verbal e o não-verbal em manual de pintura e caligrafia, de José Saramago : contribuições da semiótica para a fruição da leitura

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Santos, Maria Alzira de Carvalho

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Resumo

Resumo:Neste trabalho, temos por objetivo apresentar leitura intersemiótica de Manual de pintura e caligrafia, de José Saramago, de forma a contribuir para a construção da significação do romance Essa leitura é resultante de análises e interpretações do texto romanesco constitu-ído pelas linguagens verbal e não-verbal, ou seja, da narrativa em si, segmentada em sete partes, e de nove objetos plásticos subordinados àqueles segmentos Tal material é desti-nado, em especial, a cursos relacionados à formação de professores de Língua Portuguesa, como também, de forma indireta, a alunos da escola de ensino médio As análises se supor-tam nos fundamentos da semiótica de Greimas e de seus seguidores Para o caso dos tex-tos não-verbais, são também convidadas outras teorias, especialmente os estudos de Ru-dolf Arnheim Estruturamos a apresentação da tese em três capítulos, além da introdução, da conclusão e da lista de referências No capítulo 1, propomos refletir em torno da situação da leitura no Brasil Baseamo-nos em estudos diversos, principalmente em documentos ela-borados pelo Ministério da Educação Além disso, discutimos o tema naquilo que diz respei-to à leitura do texto literário, em especial, o de José Saramago Para o caso do texto sara-maguiano, apresentamos alguns estudos críticos de sua obra Faz parte também deste capí-tulo uma síntese do projeto semiótico de Greimas e reflexões acerca do fenômeno da inter-disciplinaridade No capítulo 2, tratamos do tema da imagem sob os seguintes aspectos: da imagem como recurso expressivo, da hegemonia da imagem, do resgate da contemplação, da visibilidade e da visualidade, da alfabetização visual, da percepção visual e da semiótica plástica No capítulo 3, apresentamos a análise propriamente dita de Manual de pintura e caligrafia, inicialmente, de forma geral, seguida pela análise dos segmentos, isto é, dos tre-chos verbais e visuais Como forma de trazer à tona o fenômeno da intersemioticidade, tra-çamos em todas as análises um confronto entre as significações verbais e não-verbais Veri-ficamos objetos plásticos dos seguintes pintores, todos citados no romance em estudo: Pie-ter Bruegel, Giorgione, Édouard Manet, Humberto Espíndola, Vitale da Bologna, Pablo Pi-casso, Francisco de Goya, René Magritte e Peter Paul Rubens

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Palavras-chave

Ficção portuguesa, Semiótica e literatura, Leitura de imagem, Portuguese fiction, Semiotics and literature, Reading image

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