Identidades raciais e profissionais de professoras/es de línguas: representação, (re)construção e educação antirracista

dc.contributor.advisorEl Kadri, Michele Salles
dc.contributor.authorSantos, Cecília Gusson
dc.contributor.bancaFerreira, Aparecida de Jesus
dc.contributor.bancaVale, Rosiney Lopes do
dc.contributor.bancaFerreira, Cláudia Cristina
dc.contributor.bancaMegale, Antonieta Hayden
dc.coverage.extent402 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-09-09T14:17:47Z
dc.date.available2024-09-09T14:17:47Z
dc.date.issued2023-03-30
dc.description.abstractEsta tese situa-se na área da Linguística Aplicada, no campo da formação de professoras/es para a Educação Antirracista. Com foco nas identidades raciais de professoras/es de línguas, foram investigadas narrativas autobiográficas de professoras/es de quatro regiões brasileiras, no período de junho a novembro de 2021, durante um curso de formação para a Educação Antirracista. O objetivo geral da investigação é compreender quais identidades raciais podem ser construídas e/ou indicar movimentos de reconstrução por meio de espaços de formação docente voltados para a Educação Antirracista. Em sua natureza qualitativa crítica (DENZIN, 2018), construída a partir dos pressupostos da Pesquisa Narrativa (CLANDININ; CONNELY, 2011), o interesse principal é nas identidades raciais e profissionais, por isso, o corpus de pesquisa foi constituído pelas narrativas autobiográficas. Elas foram analisadas pelas lentes teórico-metodológicas da Raciolinguística (ALIM; ROCKFORD; BALL, 2016; ROSA; FLORES, 2017), dos Estudos Críticos do Discurso (ECD) (VAN DIJK, 1992; 2012; 2018), da Teoria Racial Crítica (LADSON-BILLINGS; TATE, 1995), do Letramento Racial Crítico (FERREIRA, 2014a; 2015b) e da Abordagem de Atores Sociais (VAN LEEUWEN, 2008). Os resultados demonstraram que as identidades raciais docentes são fortemente atravessadas pelas ideologias da branquitude e raciolinguísticas, principalmente o color blindness (ALIM, 2016a; LADSON-BILLINGS, 1998) e mito da democracia racial (FERNANDES, 1960; GOMES, 2005; NASCIMENTO, 2016), embora as da negritude apresentem maiores indícios de Letramento Racial Crítico. Com relação às representações, professoras/es de línguas representam-se como mal preparadas/os para lidar com as relações étnico-raciais na escola, devido à falta de espaços de formação e representam os discursos do contexto escolar (práticas discursivas, práticas escolares eurocentradas, materiais didáticos e documentos curriculares oficiais) como reprodutores do racismo estrutural em função, principalmente, da falta de representatividade e da estereotipia na representação de pessoas não-brancas, da maneira superficial como as relações raciais são tratadas, da invisibilização de pessoas negras e da negação do racismo. Os efeitos dessas representações repercutem no processo de construção da identidade racial negra, que é apagada ou marginalizada sendo construída pelo viés da branquitude, o que pode comprometer a Educação Antirracista nesse contexto. Em contrapartida, a Educação Antirracista é representada como fundamental e urgente e o curso realizado possibilitou mudança nas representações das/os docentes que apontaram para a reconstrução de identidades raciais e profissionais mais comprometidas com o repensar crítico e antirracista do ensino de línguas. Isso pode possibilitar o repensar pedagógico para a (trans)formação de professoras/es, almejando a reconstrução de práticas e epistemologias mais pautadas pela equidade e pela justiça social.
dc.description.abstractother1This doctoral dissertation, qualitative critical by nature (DENZIN, 2018), is built from the budgets of Narrative Research (CLANDININ; CONNELY, 2011), is situated in the area of Applied Linguistics, in the field of teachers’ education for Anti-Racist Education. Focusing on the racial identities of language teachers, they were investigated by means of autobiographical narratives of language teachers from four Brazilian regions, produced from June to November 2021, during a teachers’ course aiming Education Anti-racist. The general objective is to understand which racial identities can be constructed and/or indicate (re)construction movements through education spaces aimed at Anti-Racist Education. With a main interest in racial and professional identities, the research corpus was constituted by autobiographical narratives that were interpreted using the lenses of Raciolinguistics (ALIM; ROCKFORD; BALL, 2016; ROSA; FLORES, 2017), Critical Discourse Studies (ECD) (VAN DIJK, 1992; 2012; 2018), Critical Racial Theory (LADSON-BILLINGS; TATE, 1995), Critical Racial Literacy (FERREIRA, 2014a; 2015b) and Social Actors Approach (VAN LEEUWEN, 2008). The results reveal that the teachers’ racial identities are strongly crossed by ideologies of whiteness and ratiolinguistics, mainly the color blindness (ALIM, 2016a; LADSON-BILLINGS, 1998) and the myth of racial democracy (FERNANDES, 1960; GOMES, 2005; NASCIMENTO, 2016), although those of blackness show greater evidence of Critical Racial Literacy. With regard to representations, language teachers represent themselves as poorly prepared to deal with ethnic-racial relations at school, due to the lack of education spaces, and represent the discourses related to the school context (discursive practices, Eurocentric school practices, didactic materials, and official curriculum documents) as reproducers of structural racism, mainly due to the lack of representation and stereotypy in the representation of non-white people, the superficial way in which racial relations are treated, the invisibilization of black people and the denial of racism. The effects of these representations have repercussions on the process of construction of black racial identity, which is silenced or marginalized, being constructed through the bias of whiteness, which can compromise Anti-Racist Education in this context. Besides that, Anti-Racist Education is represented as fundamental and urgent and the offered course enabled a change in the representations of teachers who indicated the reconstruction of racial and professional identities more committed to critical and anti-racist rethinking of language teaching. This can enable the pedagogical rethinking for the (trans)training of teachers, aiming at the reconstruction of practices and epistemologies more guided by equity and social justice.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17464
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCLCH - Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem
dc.subjectLetramento Racial Crítico
dc.subjectRaciolinguística
dc.subjectIdentidade Racial de Professoras/es de Línguas da Educação Básica
dc.subjectEstudos Críticos do Discurso (ECD)
dc.subjectTeoria Racial Crítica
dc.subject.capesLingüística, Letras e Artes - Lingüística
dc.subject.keywordsCritical Racial Literacy
dc.subject.keywordsRaciolinguistics
dc.subject.keywordsRacial Identity Basic Education Language Teacher
dc.subject.keywordsCritical Discourse Studies (CDS)
dc.subject.keywordsCritical Racial Theory
dc.titleIdentidades raciais e profissionais de professoras/es de línguas: representação, (re)construção e educação antirracista
dc.title.alternativeRacial and professional identities of language teachers: representation, (re)construction, and anti-racist education
dc.typeTese
dcterms.educationLevelDoutorado
dcterms.provenanceCentro de Letras e Ciências Humanas

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