Acompanhamento da revisão puerperal : acesso, adesão e organização do serviço de saúde

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Resumo

Resumo: A revisão puerperal visa diminuir a incidência de agravos e sua efetivação na atenção primária ainda não foi consolidada Esta pesquisa objetivou analisar o acompanhamento da revisão puerperal de risco habitual e intermediário, por meio do acesso, adesão e organização do serviço de saúde na atenção primária, do puerpério imediato ao tardio Trata-se de estudo de coorte prospectivo embasado no referencial teórico-metodológico do Modelo de Campo de Saúde de Lalonde A amostra foi composta por 358 puérperas A coleta dos dados foi realizada de Julho de 213 à Março de 214 e dividida em três momentos sequenciais No primeiro procedeu-se à identificação da mulher, no alojamento conjunto da Maternidade Municipal Lucilla Ballalai (MMLB) e início de seguimento com transcrição dos dados socioeconômicos, do cartão de pré-natal e da história obstétrica No segundo momento, após a alta hospitalar, procedeu-se o acompanhamento da consulta de Revisão Puerperal Precoce Ambulatorial (RPPA) até o 1º dia pós-parto na MMLB, para observação da adesão e cuidados ofertados No terceiro momento, procedeu-se à Visita Domiciliar (VD), decorridos 42 dias de pós-parto, para obtenção dos dados referentes à Revisão Puerperal Precoce Domiciliar (RPPD) e à Revisão Puerperal Tardia (RPT) na atenção primária, bem como, a procura das mulheres por cuidado de saúde Utilizou-se os Testes Qui-quadrado, Exato de Fisher (p=,5) e regressão logística multivariada para busca de associações entre as variáveis independentes e dependentes [tipo de atendimento no puerpério imediato] e [revisão puerperal tardia na atenção primária] estruturadas nos constructos biologia humana, ambiente, estilo de vida e organização do serviço de saúde Observou-se que 21,2% das puérperas tinham até 19 anos; 78,8% eram jovens adultas; 92,5% possuíam escolaridade baixa e média; 6,1% eram multíparas e 58,9% do lar No pós-parto imediato, 6,6% das mulheres realizaram a RPPA e 47,7% a RPPD No puerpério tardio 63,1% das mulheres não realizaram a RPT na atenção primária Houve associação estatisticamente significativa entre tipo de parto (p=,2); e orientações sobre o parto no pré-natal (p=,36) com o tipo de atendimento recebido no puerpério imediato, discutida no primeiro artigo desta Dissertação A análise univariada demonstrou associação estatisticamente significativa entre intercorrências intraparto (p=,18), RPPA (p=,24), aleitamento materno exclusivo (p=,19), RPPD (p=,6), agendamento da RPT na VD (p=,) e o apoio do profissional de saúde após alta hospitalar (p=,29) e a RPT Entretanto, o refinamento da análise por meio da regressão logística múltipla, evindenciou associação apenas da RPPD (p=,1) e do agendamento da RPT na VD (p=,) com a RPT na atenção primária, discutidas no segundo artigo Concluiu-se que há atuação pouco efetiva na dimensão microssocial, evidenciada pela baixa cobertura de acompanhamento domiciliar; vulnerabilidade das mulheres, sugerida pelo abandono do acompanhamento integral no pós-parto; exposição a risco no autocuidado, traduzida pela baixa procura por cuidado de saúde pelas puérperas; pouca efetividade na implementação das ações programáticas com possibilidade de consequências nocivas à população A hipótese desse estudo comprovou-se parcialmente, pois não houve associação significativa com o constructo ambiente

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Palavras-chave

Enfermagem na saúde e higiene da mulher, Cuidado pós-natal, Serviços de saúde para mulheres, Visita domiciliar, Health services for women, Puerperal care, Home-based family services

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