Epidemiologia das infecções hematogênicas por Candida spp. no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina e avaliação de antifúngicos e baicaleína na suscetibilidade fúngica
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Costa, Viviane Gevezier da
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Resumo
Resumo: Espécies do gênero Candida são os principais patógenos fúngicos envolvidos em infecções humanas Frente a emergência de espécies de Candida não-albicans e a ocorrência de resistência intrínseca e adquirida destas leveduras, é necessário um estudo contínuo para analisar possíveis mudanças no perfil de resistência e frequência de espécies, assim como, surge a necessidade de busca de drogas antifúngicas eficazes Neste estudo os objetivos foram avaliar a frequência de espécies de Candida obtidas de hemoculturas de pacientes internados no Hospital Universitário de Londrina nos anos de 21 e 211, analisar a suscetibilidade fúngica por meio da técnica de Microdiluição em Caldo proposta pelo AFST-EUCAST (28) e avaliar a atividade antifúngica do flavonoide baicaleína frente a isolados de Candida parapsilosis sensíveis e resistentes ao fluconazol Um total de 68 episódios de candidemia ocorreu nos anos de 21 e 211 Candida tropicalis foi a espécie mais frequente (3,9%) seguida por C albicans (27,9%), C parapsilosis (22,1%) e C glabrata (1,3%) Vários fatores de risco parecem estar associados aos episódios de candidemia, destacando o uso prévio de antibióticos (96,5%), a ventilação mecânica (77,2%), e o internamento em unidade de terapia intensiva (75,4%) Os agentes antifúngicos utilizados nos testes de suscetibilidade foram: anfotericina B, fluconazol, itraconazol e voriconazol Com relação à anfotericina B, apenas um isolado de C albicans foi resistente (98%) entre todos isolados testados No geral, houve alta suscetibilidade aos azóis, sendo C glabrata e C krusei as espécies que apresentaram as maiores Concentrações Inibitória Mínima (CIM) A atividade antifúngica da baicaleína sobre 15 isolados clínicos de C parapsilosis e o isolado ATCC 2219 foi avaliada por meio da análise de suscetibilidade fúngica e por meio da avaliação da viabilidade celular A baicaleína apresentou valores de IC5 de 8µg/mL para isolados resistentes ao fluconazol e de 4-8 µg/mL para os sensíveis Já com relação ao CIM8 foi observada uma variação de 8-32 µg/mL e de 16-32 µg/mL para os isolados sensíveis e resistentes ao fluconazol, respectivamente O uso combinado de fluconazol e baicaleína resultou em sinergismo para o isolado 3571 em termos de CIM5 Já em termos de CIM8 sinergismo foi observado para 2 isolados (2621 e 3571) Houve redução de 4 vezes na concentração de ambas substâncias para o primeiro isolado e de até 32 vezes para o último Com relação ao teste de viabilidade celular, os melhores resultados foram obtidos para o isolado 3571 (resistente a fluconazol) que apresentou viabilidade celular de apenas 15,74% com relação ao controle frente a 32 µg/mL de baicaleína Os dados obtidos reforçam o aumento de Candida não-albicans no Brasil, entretanto a resistência a anfotericina B, fluconazol, itraconazol e voriconazol entre isolados sanguíneos de Candida ainda é incomum Os dados obtidos sugerem, ainda, que o flavonoide baicaleína apresenta atividade antifúngica contra isolados de C parapsilosis independente dos mesmos apresentarem resistência ao fluconazol
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Palavras-chave
Candida, Epidemiologia, Fungos patogênicos, Agentes antiinfecciosos, Flavonóides, Candida, Pathogenic fungi, Flavonoids, Medical microbiology, Epidemiology