Épocas e tecnologia de aplicação de fungicidas em soja para controle de doenças de final de ciclo

Data

2023-02-28

Autores

Osipe, Petrus Barros

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Resumo

Doenças de final de ciclo na soja (DFCs), como o crestamento foliar de Cercospora e a mancha parda, podem reduzir a produtividade da cultura. O momento para o início do controle químico pode apresentar resultados distintos no controle de DFCs, sendo comum aplicações nos estádios reprodutivos da cultura. O objetivo do trabalho foi avaliar a qualidade da aplicação de fungicidas em diferentes estádios fenológicos da cultura da soja no controle de DFCs, além da possibilidade da utilização do sensoriamento remoto para quantificação destas doenças. Os experimentos foram conduzidos nas safras 2019/20, 2020/21 e 2021/22. Cada safra foi composta de três épocas de semeadura, com intervalo de 30 dias, sendo que na última safra o experimento foi realizado em apenas uma época de semeadura. Os tratamentos foram compostos pela combinação entre estádios de aplicação (V8, R3 e R5.1) dos fungicidas picoxistrobina + tebuconazol + mancozebe e pontas de pulverização XR 11002 e TJ60-8002. As avaliações de depósito do fungicida e cobertura da pulverização foram realizadas após cada aplicação, nos estratos superiores, médios e inferiores das plantas. A severidade da doença foi estimada a partir da identificação dos primeiros sintomas, realizadas a cada 10 dias nos três estratoss das plantas. Foi realizada a leitura de refletância do dossel das plantas de cada parcela com auxílio de espectro-radiômetro GreenSeeker Hand Held Model® 505. O índice de área foliar, desfolha e produtividade também foram obtidos. A cobertura e depósito da pulverização foi menor (p<0,05) no estrato inferior das plantas, local onde também se observou maior severidade de DFCs. A aplicação durante o estádio V8 garantiu maior depósito no estrato inferior, quando comparado aos estádios reprodutivos. Houve correlação negativa moderada a forte entre o IAF e os estádios de aplicação. O controle das doenças com aplicações em V8 foi de 12,14 e 8,78% maior que aquelas em R3 e 25,34 e 21,76% maior que em R5.1, para as pontas XR e TJ, respectivamente. A diferença entre os tratamentos para a Área Abaixo da Curva de Refletância foi significativa apenas na safra 21/2022, entretanto a desfolha pode ter interferido no processo de leitura de medidas de refletância. As aplicações de fungicidas iniciadas no estádio vegetativo proporcionaram maior cobertura, deposição e produtividade.

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Palavras-chave

Cercospora kikuchii, NDVI, Sensoriamento remoto, Septoria glycines, Soja - Doença fúngica, Soja - Aplicação de fungicidas - Avaliação, Soja - Sensoriamento remoto

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