Desenvolvimento de um método eletroanalítico empregando eletrodo de diamante dopado com boro para determinação de 1-(3-clorofenil)piperazina (mCPP)

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Rocha, Luana Rianne da

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Resumo: A 1- (3-clorofenil) piperazina (mCPP), é um dos derivados de piperazina mais conhecido e utilizado como droga de abuso, apresentando efeitos estimulantes e alucinógenos semelhantes ao “ecstasy” A mCPP tem sido apreendida no Brasil e, devido ao seu potencial de uso e abuso, identificá-la e quantificá-la em comprimidos apreendidos assume particular relevância no cenário de ciência forense Portanto, o desenvolvimento de um método simples, rápido e de baixo custo visando a determinação desta droga se faz necessário Neste trabalho, foi desenvolvido um método voltamétrico utilizando um eletrodo de diamante dopado com boro (EDDB) para determinar mCPP, visando a aplicação em drogas de abuso apreendidas Medidas por voltametria cíclica em ,5 mol L-1 H2SO4 apresentaram a presença de um pico anódico irreversível para a eletrooxidação de mCPP (1,2 V vs Ag/AgCl, 3 mol L-1 KCl) com intensidade superior comparado com o eletrodo de carbono vítreo O efeito da terminação superficial do eletrodo também foi estudado, e os melhores resultados foram obtidos com o EDDB pré-tratado catódicamente Posteriormente, foram estudados os efeitos do pH, tipo e concentração do eletrólito, obtendo-se o melhor desempenho com pH 1, e tampão Britton-Robinson ,5 mol L-1 Mediante ao estudo de velocidade de varredura foi possível identificar que a eletrooxidação da mCPP é controlada por difusão A partir da aplicação de cronoamperometria foi possível determinar o coeficiente de difusão (D), sendo este igual a 7,5x1-5 cm2 s-1 Um mecanismo para a oxidação da mCPP envolvendo 2 elétrons e um próton foi proposto Os parâmetros das técnicas eletroanalíticas de voltametria de pulso diferencial (DPV) (velocidade de varredura, amplitude de pulso e tempo de pulso) e voltametria de onda quadrada (SWV) (frequência, amplitude de pulso e incremento de potencial) foram otimizados por meio de Matriz de Doehlert constituída por treze experimentos (com triplicata no ponto central), utilizando como resposta a corrente de pico anódica Com a construção da curva analítica, foram obtidos os parâmetros analíticos para ambas as técnicas, DPV foi escolhida para o desenvolvimento do método A presença de possíveis adulterantes em comprimidos de drogas apreendidas como lidocaína (LID), paracetamol (PAR), ácido acetilsalicílico (AAs), cocaína (COC), 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) e cafeína (CAF) não apresentaram interferência na determinação do mCPP Por outro lado, observou-se a sobreposição dos picos na presença de benzocaína (BEN), fenacetina (PHE) e procaína (PRO) Na presença do surfactante dodecil sulfato de sódio (SDS), a sobreposição dos picos é diminuída e a mCPP pode ser identificada Sob condições otimizadas, um limite de detecção de 1,5 µmol L-1 foi alcançado, além de boa reprodutibilidade e precisão do método Afim de avaliar o potencial de aplicação, uma amostra sintética constituída de PAR, BEN, PHE, PRO, MDMA e mCPP foi preparada e submetida à análise pelo método Os resultados foram concordantes com a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) mediante ao teste t-pareado, atestando a exatidão do método na quantificação de mCPP

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Palavras-chave

Drogas sintéticas, Boro, Eletrodo de diamante, Synthetic drugs, Boron, Diamonds electrodes

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