A viagem na obra baudelairiana

dc.contributor.advisorBrandini, Laura Taddei
dc.contributor.authorReis, Amanda Martins
dc.contributor.bancaFerreira, Cláudia Cristina
dc.contributor.bancaCallipo, Daniela Mantarro
dc.coverage.extent126 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-10-31T17:47:26Z
dc.date.available2024-10-31T17:47:26Z
dc.date.issued2024-07-26
dc.description.abstractO presente estudo pretende analisar alguns poemas que compõem as obras As Flores do Mal (1857) e Spleen de Paris: pequenos poemas em prosa (1869) do francês Charles Baudelaire a fim de nos mostrar que a viagem pode ocorrer num espaço poético, imaginário e sensorial. Dito isso, esta pesquisa constrói uma cartografia própria de seus poemas relacionados à nossa temática principal: a viagem, o que nos possibilita relatar uma espécie de aventura viática experimentada pelo sujeito lírico de forma que cada poema se relacione com o outro como ilhas formando um vasto arquipélago. Com base nas nossas leituras a respeito da história da viagem, bem como da relação entre viagem e literatura, compreendemos que desde os primórdios, o ser humano parte em busca de alimento ou para sobreviver às adversidades, todavia, os motivos pelos quais o indivíduo viaja evoluíram ao longo do tempo. Para adentrarmos o universo viático, nós nos embasaremos na leitura Da Literatura Comparada à Teoria da Literatura (1988), de Álvaro Manuel Machado e Daniel-Henri Pageaux, bem como o ensaio “Literaturas de viagem: viagens na literatura” (2010), publicado numa coletânea sob o mesmo título, de Antonio R. Esteves e Sérgio Augusto Zanoto. Sob a perspectiva do poeta, as razões permeiam as nuances do spleen e do ideal, conceitos centrais em sua obra. Percebemos, então, que a viagem baudelairiana aponta para temas correlatos, sendo eles o exotismo, a figura feminina, o estrangeiro e a viagem imaginária. Entretanto, pretendemos explorar os dois últimos num estudo posterior, pois, esta pesquisa se concentra apenas na análise da viagem e do exotismo que é inerente a figura feminina. Logo, além de compreender como a viagem surge na obra de Baudelaire, sobretudo através da representação do espaço marítimo, observamos o exotismo característico do século XIX, dado que o poeta era um homem do seu tempo. Contudo, o olhar segaleniano nos propõe a pensar acerca do exotismo para além dos estereótipos e noções clássicas em Ensaio sobre o exotismo (1918). Portanto, apontamos em nossa leitura sobre as paisagens femininas descritas nos poemas um exotismo idealizado, o que nos permite questionar a forma como vemos o outro, sobretudo, o corpo feminino. Diante disso, os “cenários corporais” se revelam verdadeiras “pinturas” sensoriais, uma vez que Baudelaire foi um dos primeiros a fazer uso da sinestesia para a criação de uma poesia moderna que inspiraria os poetas simbolistas. Embora os estudos baudelairianos sejam abundantes, este trabalho evita justificar os poemas através de fatos e especulações sobre a vida do autor. Por fim, ressaltamos a correspondência entre a paisagem e o corpo feminino que, ao se fundirem, constroem um novo espaço: um território idílico. Lá, o indivíduo é capaz de se anestesiar e, portanto, evadir-se da sua realidade. No entanto, assimilamos a figura feminina como outro espaço a ser conquistado e explorado. Por isso, a leitura segaleniana nos permite questionar a forma como o corpo da mulher é retratado nos poemas de Baudelaire.
dc.description.abstractother1The present study aims to analyze some poems from the works The Flowers of Evil (1857) and Paris Spleen: Little Poems in Prose (1869) by the French poet Charles Baudelaire in order to show that travel can occur within a poetic, imaginary, and sensory space. That said, this research constructs its own cartography of his poems related to our main theme: travel, allowing us to narrate a sort of viatic adventure experienced by the lyrical subject in such a way that each poem connects with the other like islands forming a vast archipelago. Based on our readings on the history of travel, as well as the relationship between travel and literature, we understand that since the dawn of time, humans have set out in search of food or to survive adversities. However, the reasons why individuals travel have evolved over time. To delve into the viatic universe, we will rely on the reading of Da Literatura Comparada à Teoria da Literatura (1988) by Álvaro Manuel Machado and Daniel-Henri Pageaux, as well as the essay “Literaturas de viagem: viagens na literatura” (2010), published in a collection under the same title by Antonio R. Esteves and Sérgio Augusto Zanoto. From the poet’s perspective, the reasons lie in the nuances of spleen and ideal, central concepts in his work. We then notice that Baudelaire’s travel points to related themes, such as exoticism, the feminine figure, the foreigner, and imaginary travel. However, we intend to explore the latter two in a future study, as this research focuses solely on the analysis of travel and the exoticism inherent to the feminine figure. Therefore, in addition to understanding how travel emerges in Baudelaire's work, especially through the representation of the maritime space, we observe the characteristic exoticism of the 19th century, given that the poet was a man of his time. Nonetheless, Segalen’s perspective invites us to think about exoticism beyond stereotypes and classical notions in Essay on Exoticism (1918). Consequently, in our reading of the feminine landscapes described in the poems, we point out an idealized exoticism, which allows us to question the way we view the other, especially the female body. In this sense, the “corporeal scenarios” reveal themselves as true sensory “paintings” especially since Baudelaire was one of the first to use synesthesia to create a modern poetry that would inspire the Symbolist poets. Although Baudelairean studies are abundant, this work avoids justifying the poems through facts and speculations about the author’s life. Finally, we emphasize the correspondence between the landscape and the female body which, by merging, construct a new space: an idyllic territory. There, the individual is able to anesthetize and thus escape from reality. However, we assimilate the feminine figure as another space to be conquered and explored. This is why Segalen’s reading allows us to question how the female body is portrayed in Baudelaire's poems.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18348
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCLCH - Departamento de Letras Vernáculas e Clássicas
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Letras
dc.subjectBaudelaire
dc.subjectViagem
dc.subjectMulher
dc.subjectExotismo
dc.subjectPoesia
dc.subjectLetras
dc.subjectPoemas em prosa
dc.subjectExotismo na literatura
dc.subjectLiteratura comparada
dc.subjectColetânea
dc.subject.capesLingüística, Letras e Artes - Letras
dc.subject.cnpqLingüística, Letras e Artes - Letras
dc.subject.keywordsBaudelaire
dc.subject.keywordsTravel
dc.subject.keywordsWoman
dc.subject.keywordsExoticism
dc.subject.keywordsPoetry
dc.subject.keywordsLyrics
dc.subject.keywordsProse poems
dc.subject.keywordsExotism in literature
dc.subject.keywordsLiterature, Comparative
dc.subject.keywordsCollection
dc.titleA viagem na obra baudelairiana
dc.title.alternativeThe journey in baudelaire’s work
dc.typeDissertação
dcterms.educationLevelMestrado Acadêmico
dcterms.provenanceCentro de Letras e Ciências Humanas

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