Avaliação da infecção por Paracoccidioides brasiliensis (Pb-18) e Paracoccidioides lutzii (LDR-2) no modelo de Galleria mellonella

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Arcos, Janneth Josefina Escobar

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Resumo: A Paracoccidioidomicose (PCM) causada pelo fungo dimórfico do gênero Paracoccidioides, é uma das micoses sistêmicas mais importantes da América Latina Por muito tempo, o fungo Paracoccidioides brasiliensis foi considerado como único agente causal da PCM, mas recentemente foi introduzida a nova espécie P lutzii também como agente da doença Vários modelos foram empregados na tentativa de simular a PCM humana, e o mais empregado tem sido o modelo murino Modelos invertebrados como as larvas de G mellonella foram introduzidas recentemente como uma alternativa para investigar esta infecção Com o objetivo de avaliar as interações patógeno-hospedeiro na infecção por P brasiliensis e P lutzii no modelo de G mellonella, foram analisadas curvas de sobrevivência, quantificação de melanização, densidade de hemócitos e ensaio de fagocitose Investigamos a capacidade de leveduras da espécie P lutzii para formar biofilme in vitro O presente trabalho é o primeiro estudo de biofilme in vivo de P brasiliensis e P lutzii em infecções experimentais entre células de biofilmes e células planctônicas As curvas de sobrevivência foram determinadas com três diferentes concentrações (5x16, 25x16, 1x16 células/larva) de P brasiliensis (Pb18) e P lutzii (LDR2) Para a determinação da densidade de hemócitos na hemolinfa, as larvas foram inoculadas com (5x16 células/larva) e a hemolinfa foi recolhida 2, 4 e 8 h após infecção, seguida de contagem de hemócitos totais Para biofilmes, foi utilizada uma placa de microtutulação de 24 poços com P brasiliensis (Pb18) e P lutzii (LDR2) na concentração de 1x18 células/mL durante 7 h, 48, 96 e 144 h e, a biomassa total determinada pela coloração de cristal violeta Para a quantificação da melanização, a hemolinfa das larvas foi coletada 4 e 12 horas pós-infecção Para o ensaio de fagocitose in vitro, os hemócitos e as leveduras foram coradas com MayGrünwald-Giemsa após 1 h de incubação a 37 ° C com 5% de CO2 A análise da curva de sobrevivência mostrou que, para P brasiliensis e P lutzii, 2 a 3 dias foram o tempo necessário para atingir 5% de morte (TD5%), e diferentes níveis de virulência de ambas espécies foram encontrados neste modelo (p<,5) A morte das larvas foi dependente do número de células/larva injetadas A quantificação da melanização indicou diferenças significativas entre as larvas inoculadas com P brasiliensis (Pb-18) e P lutzii (LDR2) após 4 e 12 h pós-infecção, e o acúmulo de melanina na hemolinfa aumentou ao longo do tempo A densidade de hemócitos diminuiu após 2 horas de infecção e esta diminuição permaneceu quase inalterada após 4 e 8 h de infecção em relação ao grupo controle, porém sem diferença significativa entre os dois fungos O ensaio de fagocitose in vitro mostrou que as células granulares e os plasmatócitos foram capazes de fagocitar estas células de levedura As infecções experimentais entre células planctônicas e biofilmes demonstraram que as células do biofilme de ambas espécies de fungos induziram a morte de 1% das larvas no período de observação Nossos dados confirmam diferentes níveis de virulência de ambas espécies com base nas curvas de sobrevivência e na quantificação da melanização As leveduras das duas espécies foram fagocitadas pelas células granulares e os plasmatócitos in vitro Demostramos a capacidade de leveduras do gênero P lutzii para formar biofilme in vitro As infecções experimentais em larvas de G mellonella com células de biofilme mostraram-se mais virulentas do que as células planctônicas Estudos adicionais são necessários para determinar o papel desses biofilmes in vivo envolvidos na morte prematura das larvas

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Palavras-chave

Paracoccidioidomicose, Virulência (Microbiologia), Resposta imune, Micoses fungóides, Paracoccidioidomycosis, Virulence (Microbiology), Immune response, Fungoid mycosis

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