Diferentes padrões de reconhecimento de antígenos de Paracoccidioides brasiliensis E Paracoccidioides lutzii por IGE e IGG na paracoccidioidomicose humana

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Assolini, João Paulo

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Resumo

Resumo: Paracoccidioidomicose (PCM) é uma das micoses sistêmicas mais importantes da América Latina, causada pelos fungos dimórficos Paracoccidioides brasiliensis (S1, PS2, PS3) e Paracoccidioides lutzii, na qual a gravidade da doença está relacionada com resposta Th2 e altos níveis de Imunoglobulina E (IgE) O presente estudo teve como objetivo avaliar o padrão de reconhecimento/reatividade de IgG e IgE séricos aos antígenos de P brasiliensis S1 (B339), PS2 (LDR3) e P lutzii (LDR2) na PCM humana crônica Foi realizado Immunoblotting para verificar quais os componentes imunogênicos presentes no antígeno solúvel total (CFA) e antígeno somático (AS) de P brasiliensis (S1 e PS2) e P lutzii que são reconhecidos por IgG e IgE na PCM humana A reatividade de IgG e IgE séricos de pacientes com PCM crônica (n = 24) foram analisados por Ensaio Imunoenzimático indireto (ELISA), utilizando antígeno solúvel total (CFA), fração de alta massa molecular (hMM) e gp7 de P brasiliensis (S1 e PS2) e P lutzii Nos resultados de Immunoblotting foram observadas diferenças no reconhecimento de componentes imunogênicos de antígenos totais das três cepas, por IgG e IgE As principais diferenças observadas por IgG foram: a ausência de gp43 em P lutzii (LDR2), banda de gp7 intensamente corada em CFA de P lutzii e presença de antígeno de alta MM e ausência de banda hMM difusa em P lutzii A IgE reconheceu gp7 e antígeno de ~3 kDa em CFA de P lutzii, sugerindo que os mesmos não são exclusivamente intracelulares Por ELISA, IgG de pacientes com PCM apresentaram maior reatividade para CFA e hMM de P brasiliensis S1 em relação ao P lutzii (p < 5), no entanto houve maior reatividade para gp7 de P lutzii e P brasiliensis PS2 do que S1 (p < 5) Anticorpos IgE apresentaram maior reatividade para CFA de P brasiliensis do que P lutzii (p < 5), diferente com hMM, com maior reatividade para P lutzii do que P brasiliensis S1 (p < 5) Em conclusão, o padrão de reconhecimento de antígeno por IgG e IgE difere de acordo com Paracoccidioides sp Antígeno de hMM devido à maior reatividade para IgE, e antígenos de ~7 kDa e ~3 kDa produzidos, liberados e reconhecidos por IgE podem ser os principais fatores de virulência de P lutzii, sugerindo um potencial de induzirem uma resposta Th2

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Palavras-chave

Patologia experimental, Micoses, Paracoccidioidomicose, Experimental pathology, Mycoses

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