A relação entre burnout, apoio social e resiliência e o consumo de psicofármacos entre estudantes universitários

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dc.contributor.advisorGirotto, Edmarlon
dc.contributor.authorGianjacomo, Telma Regina Fares
dc.contributor.bancaMesas, Arthur Eumann
dc.contributor.bancaSilva, Milene Zanoni da
dc.contributor.bancaPereira, Denise Andrade
dc.contributor.bancaDurán González, Alberto
dc.contributor.coadvisorRodrigues, Renne
dc.coverage.extent171 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2025-11-26T15:50:09Z
dc.date.available2025-11-26T15:50:09Z
dc.date.issued2025-06-26
dc.description.abstractIntrodução: A saúde mental entre estudantes universitários é uma preocupação crescente, especialmente com o aumento das pressões acadêmicas que favorece a problemas como burnout, e pode afetar negativamente seu bem-estar e rendimento. Na tentativa de atenuar o sentimento de esgotamento emocional, estudantes podem fazer uso de psicofármacos como uma forma de lidar com o estresse da jornada acadêmica. Fatores como o apoio social e a resiliência são fundamentais para ajudar os estudantes a lidarem com esses desafios. Objetivo: O presente estudo objetivou analisar a relação do consumo de psicofármacos com o burnout acadêmico, resiliência e apoio social e verificar o papel mediador da resiliência no efeito do suporte social e a relação com o burnout acadêmico entre estudantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Método: Trata-se de um estudo epidemiológico de abordagem quantitativa. A população foi composta por 2.817 estudantes de graduação regularmente matriculados no primeiro semestre de 2019 da Universidade Estadual de Londrina. A coleta de dados ocorreu no período de abril a junho de 2019, por meio de um questionário online, que resultou em uma tese em modelo escandinavo contendo dois artigos. O primeiro artigo foi desenvolvido por meio de uma análise de mediação entre a apoio social, resiliência e o burnout. A variável dependente deste estudo foi a exaustão acadêmica, a independente foi o apoio social, e a mediadora foi a resiliência. Foram realizadas análise fatorial exploratória (AFE) e confirmatória (AFC) para obter o modelo com melhores resultados através do software Mplus®, com intervalo de confiança de 95% (IC95%). O segundo artigo foi desenvolvido por meio de uma análise da associação entre a consumo de psicofármacos, burnout, apoio social e resiliência, no qual a variável desfecho foi o uso de psicofármacos, baseado na classificação Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) e as independentes foram o burnout, o apoio social, resiliência. A análise dos dados foi realizada utilizando o programa SPSS® versão 25.0, com a aplicação de testes estatísticos, incluindo o teste de Qui-quadrado de Pearson, o teste de Mann-Whitney e a regressão logística de Poisson com variância robusta para a obtenção do beta como medida de associação e intervalo de confiança de 95% (IC95%) e o nível de significância adotado foi de 5% (p-valor <0,05). Análises brutas e ajustadas foram realizadas, os modelos ajustes foram definidos a partir de um Diagrama Acíclico Dirigido (DAG), elaborado no DAGitty com base em pressupostos teóricos. A inclusão de variáveis nos modelos foi avaliada por meio do teste de razão de verossimilhança (LRT), e testou-se também a presença de interações multiplicativas. A multicolinearidade foi verificada pelo índice de variância inflacionada (VIF). Modelos específicos foram construídos para burnout, apoio social (dimensões) e resiliência, ajustando-se por covariáveis sociodemográficas, acadêmicas, comportamentais e de saúde, conforme evidências da literatura Resultados: Artigo 1 - O apoio social total afetou significativamente e positivamente a resiliência, enquanto a resiliência teve um efeito negativo significativo no burnout. Observou-se que tanto o efeito direto do suporte social no burnout quanto o efeito indireto do suporte social no burnout por meio da resiliência foram significativos, a resiliência medeia essa relação em aproximadamente 54,9%. Artigo 2- Observou-se que maiores níveis de burnout pessoal, burnout relacionado aos estudos e burnout relacionado aos professores estiveram significativamente associados ao maior uso de psicofármacos. Por outro lado, o burnout relacionado aos colegas não manteve associação significativa após o ajuste. Nenhuma das dimensões do apoio social apresentou associação estatisticamente significativa com o uso de psicofármacos. Da mesma forma, a resiliência, não mostrou associação significativa com o desfecho. Ainda que esses fatores não tenham se associado estatisticamente ao uso de psicofármacos neste estudo, a literatura destaca que tanto o apoio social quanto a resiliência são elementos fundamentais de proteção frente ao burnout acadêmico. Conclusão: O estudo revelou que o apoio social e a resiliência influenciam o burnout acadêmico, com a resiliência mediando essa relação. A pesquisa também mostrou que estudantes com maiores níveis mais elevados de burnout pessoal, burnout relacionado aos estudos e burnout relacionado aos professores apresentaram maior uso de psicofármacos. As dimensões do apoio social e a resiliência, apesar de reconhecidas na literatura como fatores protetores, não apresentaram associação estatisticamente significativa com o uso de psicofármacos. Os achados sugerem que o sofrimento psicológico relacionado ao esgotamento acadêmico pode estar diretamente associado ao uso de medicamentos psicotrópicos como forma de enfrentamento. Nesse contexto, estratégias institucionais que promovam a saúde mental, com foco no fortalecimento da resiliência e na ampliação das redes de apoio social, podem representar alternativas eficazes à medicalização do sofrimento psíquico entre estudantes universitários.
dc.description.abstractother1Introduction: Mental health among university students is a growing concern, particularly with increasing academic pressures that contribute to issues such as burnout, negatively affecting their well-being and performance. In an attempt to alleviate emotional exhaustion, students may resort to the use of psychotropic medications as a coping mechanism for academic stress. Factors such as social support and resilience play a crucial role in helping students deal with these challenges. Objective: This study aimed to analyze the relationship between psychotropic drug use and academic burnout, resilience, and social support, and to examine the mediating role of resilience in the effect of social support on academic burnout among students at the State University of Londrina (UEL). Methods: This is an epidemiological study with a quantitative approach. The population consisted of 2,817 undergraduate students regularly enrolled in the first semester of 2019 at the State University of Londrina. Data collection took place between April and June 2019 through an online questionnaire, culminating in a Scandinavian-model thesis composed of two articles.The first article involved a mediation analysis between social support, resilience, and academic burnout. The dependent variable was academic exhaustion, the independent variable was social support, and resilience was the mediating variable. Exploratory Factor Analysis (EFA) and Confirmatory Factor Analysis (CFA) were conducted using Mplus® software to identify the best-fit model, with a 95% confidence interval (95% CI). The second article analyzed the association between psychotropic drug use, burnout, social support, and resilience. The outcome variable was the use of psychotropic drugs, classified according to the Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) system, while the independent variables were burnout, social support, and resilience. Data were analyzed using SPSS® version 25.0, applying statistical tests including Pearson’s Chi-square, Mann-Whitney U test, and Poisson regression with robust variance to obtain the beta coefficient as a measure of association and 95% CI. The significance level adopted was 5% (p-value <0.05). Both crude and adjusted analyses were performed. Model adjustments were based on a Directed Acyclic Graph (DAG), developed using DAGitty, grounded on theoretical assumptions. Variable inclusion in the models was assessed using the Likelihood Ratio Test (LRT), and multiplicative interactions were also tested. Multicollinearity was verified using the Variance Inflation Factor (VIF). Specific models were built for burnout, social support (dimensions), and resilience, adjusted for sociodemographic, academic, behavioral, and health-related covariates, according to evidence from the literature. Results: Article 1 – Overall social support had a significant positive effect on resilience, while resilience had a significant negative effect on burnout. Both the direct effect of social support on burnout and the indirect effect mediated by resilience were statistically significant, with resilience mediating approximately 54.9% of this relationship. Article 2 – Higher levels of personal burnout, study-related burnout, and teacher-related burnout were significantly associated with increased use of psychotropic drugs. However, peer-related burnout did not maintain a significant association after adjustment. None of the dimensions of social support showed a statistically significant association with psychotropic drug use. Similarly, resilience was not significantly associated with the outcome. Although these factors were not statistically associated with psychotropic drug use in this study, existing literature highlights that both social support and resilience are key protective elements against academic burnout. Conclusion: The study demonstrated that social support and resilience influence academic burnout, with resilience playing a mediating role in this relationship. The research also showed that students with higher levels of personal, study-related, and teacher-related burnout reported greater use of psychotropic drugs. Despite being recognized in the literature as protective factors, the dimensions of social support and resilience were not significantly associated with psychotropic drug use in this sample. These findings suggest that psychological distress related to academic burnout may be directly associated with the use of psychotropic medications as a coping strategy. In this context, institutional strategies that promote mental health—focusing on strengthening resilience and expanding social support networks—may represent effective alternatives to the medicalization of psychological distress among university students.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/19035
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCS - Departamento de Saúde Coletiva
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
dc.subjectBurnout
dc.subjectApoio social
dc.subjectResiliência
dc.subjectPsicofármacos
dc.subjectEstudantes
dc.subjectSaúde mental
dc.subject.capesCiências da Saúde - Saúde Coletiva
dc.subject.cnpqCiências da Saúde - Saúde Coletiva
dc.subject.keywordsBurnout
dc.subject.keywordsSocial support
dc.subject.keywordsResilience
dc.subject.keywordsPsychotropic drugs
dc.subject.keywordsStudents
dc.subject.keywordsMental health
dc.titleA relação entre burnout, apoio social e resiliência e o consumo de psicofármacos entre estudantes universitários
dc.title.alternativeThe relationship between burnout, social support, and resilience and the use of psychotropic drugs among university students
dc.typeTese
dcterms.educationLevelDoutorado
dcterms.provenanceCentro de Ciências da Saúde

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