Schopenhauer : a metáfora da vontade como coisa-em-si

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Prado, Jorge Luís Palicer do

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Resumo

Resumo: A presente Dissertação pretende reconstruir a argumentação de Schopenhauer para compreender o estabelecimento de sua principal proposta filosófica, a saber, a Vontade, toto genere distinta das representações, considerada como coisa-em-si Esta maneira de se considerar a Vontade constitui o pensamento a partir da qual flui o sentido de toda a filosofia de Schopenhauer, vindo a se tornar, por conseguinte, alvo de severas críticas por parte de filósofos e intérpretes Defendemos que a controversa tese schopenhaueriana pode ser ainda repensada ao se esclarecer o seu conteúdo semântico, os recursos e procedimentos argumentativos envolvidos nela Neste sentido, destacaremos três etapas fundamentais no seu trajeto teórico, são elas: a) o conhecimento da vontade na experiência interna como fundamento das ações do corpo; b) a extensão desta vontade, fruto da reflexão analógica continuada, aos diversos fenômenos do mundo estabelecendo-a, desse modo, como a realidade mais íntima de toda a natureza; c) o procedimento de denominação metafórica chamado por Schopenhauer de denominatio a potiori, através do qual a noção de coisa-em-si toma de empréstimo o nome de algo conhecido para assim permanecer no discurso filosófico de modo significativo Defendemos aqui que as três etapas destacadas precisam ser consideradas na ordem e no conjunto para uma apreciação completa do assunto Destacaremos ainda o papel e o estatuto da metáfora e da analogia como os principais recursos utilizados na consecução do projeto do filósofo, sem os quais a compreensão da sua obra subsiste desfigurada Defendemos que entre os principais resultados da analogia e da denominação metafórica podemos destacar: a) a analogia, enquanto ferramenta de pensamento e explicação, favoreceu uma ampliação do contexto de aplicação significativa da do conceito de vontade aos diversos fenômenos do mundo; b) a metáfora forneceu um estribo semântico, em apoio à compreensão, para a presença da expressão coisa-em-si no discurso filosófico e realizou uma requerida conectividade de sentido entre a coisa-em-si e a representação na obra de Schopenhauer

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Palavras-chave

Filosofia alemã, Vontade, Metáfora, Teoria do conhecimento, Analogia (Lógica), Philosophy, German, Volition, Knowledge, Theory of, Analogy, Metaphor

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