Temperatura e ácido giberélico no potencial fisiológico de sementes de bromélias brasileiras do gênero Dyckia
Data
2024-08-09
Autores
Ribeiro Júnior, Walter Aparecido
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Resumo
As bromélias desempenham um importante papel na biodiversidade dos ecossistemas brasileiros, o gênero Dyckia destaca-se por sua adaptação a condições adversas, como solos pobres e baixa disponibilidade hídrica. Embora reconhecidas por sua rusticidade, há poucas pesquisas sobre o potencial fisiológico de suas sementes, especialmente em relação aos fatores que afetam a germinação e o vigor, como a temperatura e os reguladores vegetais. Este trabalho tem como objetivos, avaliar o impacto de diferentes temperaturas e doses de ácido giberélico na germinação e desenvolvimento inicial de sementes de espécies de Dyckia. Em ambos os trabalhos os parâmetros avaliados foram, porcentagem de germinação (%G), porcentagem de plântulas anormais (%PA), porcentagem da primeira contagem de germinação (%PCG), índice de velocidade de germinação (IVG), tempo médio de germinação (TMG)(dias), velocidade de germinação (v)(dias), diâmetro (DIAM)(mm), comprimento (COMP)(mm) e massa seca (MSP)(mg) de plântulas. Para o primeiro trabalho foram utilizados dois lotes de sementes da bromélia Dyckia brevifolia, ambos os lotes foram submetidos a diferentes temperaturas, 20, 25, 30 e 35 °C, sob luz constante. Cada lote apresentou respostas significativas distintas, para o lote 1 foi percebido que os melhores índices de germinação estão em temperatura aproximada de 29,5 °C em que foi observado 92,23%G. A maior temperatura estimada para o lote 1 foi de 30,36 °C para PCG com 89,36%. A menor resposta de temperatura foi de 25,10 °C para o TMG com 3,17 dias. Para o lote 2, foi percebido que não foi possível estimar ponto máximo ou mínimo de temperatura para a %G, porém foi observado que com o aumento da temperatura houve queda da germinação, de tal forma que os piores valores foram constatados a 35 °C e os melhores a 20 °C. Ainda no lote 2, a maior temperatura estimada foi de 31,26 °C com resposta de 41,63%PCG, enquanto que a menor temperatura estimada foi de 20°C com resposta de 5,02 dias para o TMG. Para os parâmetros de crescimento as temperaturas estimadas apresentaram resultados significativos. Para o lote 1 as respostas foram encontradas entre a faixa de 25 a 30°C, já para o lote 2 as respostas foram encontradas entre as faixas de 20 a 31°C. Neste estudo foi possível observar que as temperaturas entre 25 e 30°C melhoraram as condições de germinação e crescimento inicial de plântulas de ambos os lotes de Dyckia brevifolia, a temperatura influencia no potencial fisiológico das sementes e quando são usadas temperaturas acima do ótimo encontrado o crescimento inicial de plântulas pode ser comprometido. Para o segundo trabalho foram utilizadas sementes de Dyckia aurea e Dyckia brevifolia, que foram submetidas a diferentes doses de giberelina, 0,00, 1,00, 2,00, 5,00 e 8,00 mgL-1. Cada espécie apresentou resposta distinta. Para Dyckia aurea a melhor porcentagem de germinação ocorreu na dose estimada de 2,80 mgL-1 com 80,6%G, a maior dose estimada para essa espécie foi de 5,34 mgL-1 com resposta de 1,80 mg de MSP, a menor dose estimada foi da resposta de porcentagem de germinação. Para Dyckia brevifolia não foi possível estimar um ponto máximo ou mínimo para a %G, porém entre as doses testadas o melhor índice foi observado na maior dose, para essa espécie a menor dose estimada foi de 3,4 mgL-1 que resultou em 2,58%PA, já a maior dose estimada foi de 7,71 mgL-1 que resultou em 4,13 mg de MSP. O ácido giberélico influencia as espécies de maneiras distintas, porém de forma positiva, de tal forma que é possível a utilização do mesmo para ambas as espécies, porém em concentrações diferentes.
Descrição
Palavras-chave
Bromeliaceae, Conservação, Fisiologia vegetal, Plantas ornamentais