Movimento dos trabalhadores rurais sem terra e o poder extraparlamentar: FINAPOP e a contradição capitalista
dc.contributor.advisor | Pegino, Paulo Marcelo Ferrarese | |
dc.contributor.author | Sanches, Tales Leon Biazão | |
dc.contributor.banca | Santos, Luís Miguel Luzio dos | |
dc.contributor.banca | Martins, Fernando Ramalho | |
dc.contributor.banca | Chagas, Priscilla Borgonhoni | |
dc.contributor.coadvisor | Lanza, Fabio | |
dc.coverage.extent | 169 p. | |
dc.coverage.spatial | Londrina | |
dc.date.accessioned | 2025-02-05T13:30:11Z | |
dc.date.available | 2025-02-05T13:30:11Z | |
dc.date.issued | 2024-12-10 | |
dc.description.abstract | O Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo (FAO, 2022), é também um país marcado por profundas desigualdades na distribuição de terras produtivas. Essa condição histórica que, persiste desde a formação do Estado-nação até os dias atuais (IBGE, 2020), evidencia a manutenção das estruturas de poder e concentração de riqueza. Nesse contexto, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) surge em 1984 como ator social que tem como pauta principal a reforma agrária. Em 2020, o movimento aderiu ao mercado de capitais por meio da criação de um título de crédito, com o objetivo de financiar a estruturação de cooperativas vinculadas ao movimento. Essa estratégia motivou esta pesquisa, cujo objetivo geral é investigar os motivos e as implicações da criação de um fundo de investimento pelo MST no mercado de capitais, analisando se essa iniciativa representa uma estratégia de adesão às ferramentas do capital financeiro como forma de promover um modelo econômico alternativo ao sistema vigente, com foco na Cooperativa Agroindustrial de Produção e Comercialização Conquista (Copacon). Como posicionamento epistemológico e metodológico, adotou-se a Economia Política do Poder (Faria, 2004). Para alcançar os objetivos traçados, foram utilizados métodos qualitativos, incluindo levantamento bibliográfico, análise documental e entrevistas em profundidade. As entrevistas foram conduzidas entre os meses de março e abril de 2024 com sete atores integrantes do MST. Sendo, três representantes da cúpula nacional, dois representantes políticos do Assentamento Eli Vive e dois assentados vinculados diretamente à estrutura da COPACON. A partir de aproximações sucessivas, foi possível nomear as ‘práxis’ do MST ao longo de sua história, destacando o papel ativo do movimento na condução de suas estratégias e decisões. Durante as décadas de 2000 e 2010, observa-se que o movimento adotou a práxis estruturativa como seu principal modo de atuação, o que evidencia uma continuidade no trabalho do movimento ao longo da história, posicionando-o como um possível ator extraparlamentar do trabalho e ressaltando a necessidade de autonomia em relação ao Estado, algo que a organização tem buscado construir ao longo de sua trajetória. Por fim, é necessário destacar que o MST é agente vivo em um mundo gerido pelas contradições em um sistema capitalista, e o que se pode confirmar até esse momento da história é que a criação do fundo de investimento tem como objetivo a construção de autonomia, a fim de se transformar em uma ferramenta importante na construção de modelo alternativo ao sistema econômico vigente. Este trabalho reconhece suas limitações, especialmente no que se refere à construção teórica a partir de uma análise materialista histórica dialética. Além disso, categorias importantes, como ‘hegemonia’, ‘processos de trabalho no campo’ e ‘cooperativismo e contra-hegemonia’, não foram plenamente exploradas, abrindo espaço para investigações em pesquisas futuras. | |
dc.description.abstractother1 | Brazil, one of the world's largest food producers (FAO, 2022), is also a country marked by deep inequalities in the distribution of productive land. This historical condition, persisting from the formation of the nation-state to the present day (IBGE, 2020), highlights the maintenance of power structures and wealth concentration. In this context, the Landless Workers' Movement (MST) emerged in 1984 as a social actor with agrarian reform as its main agenda. In 2020, the movement entered the capital market by creating a credit title to finance the structuring of cooperatives linked to the movement. This strategy inspired this research, whose general objective is to investigate the reasons and implications of the MST's creation of an investment fund in the capital market, analyzing whether this initiative represents a strategy of adherence to financial capital tools as a way to promote an alternative economic model to the current system, focusing on the Agroindustrial Production and Marketing Cooperative Conquista (Copacon). As an epistemological and methodological stance, the Political Economy of Power (Faria, 2004) was adopted. To achieve the outlined objectives, qualitative methods were used, including bibliographic review, documental analysis, and in-depth interviews. The interviews were conducted between March and April 2024 with seven MST members, including three representatives from the national leadership, two political representatives from the Eli Vive Settlement, and two settlers directly linked to Copacon’s structure. Through successive approximations, it was possible to name the MST’s ‘praxis’ throughout its history, highlighting the movement's active role in guiding its strategies and decisions. During the 2000s and 2010s, the movement adopted the structuring praxis as its main mode of operation, evidencing continuity in its work throughout history, positioning it as a potential extra-parliamentary labor actor, and emphasizing the need for autonomy from the State, a goal the organization has pursued throughout its trajectory.Finally, it is necessary to emphasize that the MST is a living agent in a world managed by contradictions within a capitalist system, and what can be confirmed at this point in history is that the creation of the investment fund aims to build autonomy, seeking to become an important tool in constructing an alternative model to the current economic system. This work acknowledges its limitations, particularly regarding the theoretical construction based on a historical-dialectical materialist analysis. Moreover, important categories such as 'hegemony,' 'work processes in the countryside,' and 'cooperativism and counter-hegemony' were not fully explored, leaving room for investigations in future research | |
dc.identifier.uri | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/18548 | |
dc.language.iso | por | |
dc.relation.departament | CESA - Departamento de Administração | |
dc.relation.institutionname | Universidade Estadual de Londrina - UEL | |
dc.relation.ppgname | Programa de Pós-Graduação em Administração | |
dc.subject | Reforma agrária | |
dc.subject | Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) | |
dc.subject | Economia política | |
dc.subject | Agente extraparlamentar | |
dc.subject | Mercado de Capitais | |
dc.subject.capes | Ciências Sociais Aplicadas - Administração | |
dc.subject.cnpq | Ciências Sociais Aplicadas - Administração | |
dc.subject.keywords | Agrarian reform | |
dc.subject.keywords | Landless Rural Workers' Movement (MST) | |
dc.subject.keywords | Political economy | |
dc.subject.keywords | Extraparliamentary agent | |
dc.subject.keywords | Capital Markets. | |
dc.title | Movimento dos trabalhadores rurais sem terra e o poder extraparlamentar: FINAPOP e a contradição capitalista | |
dc.title.alternative | Landless Rural Workers' Movement and Extraparliamentary Power: FINAPOP and Capitalist Contradiction. | |
dc.type | Dissertação | |
dcterms.educationLevel | Mestrado Acadêmico | |
dcterms.provenance | Centro de Estudos Sociais Aplicados |
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