Estudo da função cardiovascular e autonômica e envolvimento do óxido nítrico e estresse oxidativo em animais com síndrome metabólica: modulação pelo treinamento físico e suplementação com L-arginina

Data

2021-10-06

Autores

Reginato, Gabriela de Souza

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Editor

Universidade Estadual de Londrina

Resumo

Resumo: A síndrome metabólica (SM) é uma condição caracterizada pela presença de alterações endócrino-metabólicos, cardíacas e oxidativas, que aumentam o risco de doenças cardiovasculares, dislipidemia, hipertensão e diabetes mellitus tipo 2. Estudos mostram sua relação com a redução da produção de óxido nítrico (NO) e aumento de espécies reativas de oxigênio. Portanto, faz-se relevante investigar os efeitos da suplementação com L-arginina (l-arg), que é considerada um substrato fundamental para a síntese de NO. O NO desempenha um papel importante na função cardiovascular e autonômica, em processos que regulam o tanto o balanço energético (fome e saciedade), como inflamatório (antioxidante e pró-oxidante). Alem disso, a prática regular de exercícios aeróbicos pode promover diversos efeitos benéficos ao organismo, principalmente sobre o sistema cardiovascular, modulando a biodisponibilidade do NO e na defesa antioxidante. Dessa forma, esse trabalho teve como objetivo avaliar parâmetros cardiovasculares, autonômicos, oxidativos e concentração de nitrito tecidual de ratos controle e com SM treinados e sedentários e suplementados ou não com l-arg. A SM foi induzida pela administração subcutânea de glutamato monossódico (dose 4mg/g/dia) do 1º ao 5º dia de vida e ratos controles receberam solução de salina equimolar. O treinamento físico (TF) em esteira e a suplementação com l-arg ocorreram de forma concomitante, durante oito semanas a partir do 60º dia de vida. Após esse período, os animais foram submetidos à cirurgia de cateterização da artéria femoral para registro dos parâmetros cardiovasculares e ánalise de variabilidade da pressão arterial, intervalo de pulso e sensibilidade barorreflexa. Após os protocolos de registro cardiovascular, os animais foram submetidos a eutanasia e os órgãos retirados para análises oxidativas, metabólicas e dosagens de NO. Outros grupos de animais passaram por jejum para realização do teste de tolerância à insulina. Como resultados, ratos que receberam injeção de glutamato monossódico desenvolveram a SM na vida adulta e após o TF, ou associação do TF com a suplementação com l-arg houve redução dos tecidos adiposos (perigonadal e retroperitoneal) e do Índice de Lee em ratos com SM. Somado a isso, animais com SM apresentaram aumento de ácidos graxos livres plasmáticos e esteatose hepática, parâmetros esses que foram reduzidos pelo TF e suplementação com l-arg. Nos parâmetros cardiovasculares, animais SM sedentário água apresentaram aumento da pressão arterial e da frêquencia cardíaca em relação ao grupo CTR e, a suplementação com l-arg e o TF foram capazes de reduzir esses parâmetros nos animais SM, além disso, animais SM treinados apresentaram bradicardia em relação aos SM sedentário. Ratos SM sedentários tratados com água apresentaram diminuição nas concentrações de NO nos tecidos periféricos e a suplementação associada ao TF foram capazes de aumentar essas concentrações. Na avaliação oxidativa em tecidos periféricos e no plasma, foi observado aumento do estresse oxidativo dos animais do grupo SM sedentário tratado com água, sendo que o TF associado ou não a suplementação com l-arg promoveu a redução dos marcadores pró-oxidantes analisados. Dessa forma, nossos resultados nos permitem concluir que a suplementação com l-arg associada ao TF ou não e, o TF isolado foram capazes de reverter as alterações metabólicas, oxidativas e cardiovasculares em ratos com SM.

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Palavras-chave

MSG, Esteatose hepática, Treinamento em esteira para ratos, Obesidade, Parâmetros oxidativos, Ácidos graxos livres.

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