Desenvolvimento de uma formulação antisséptico bucal contendo mel de abelhas indígenas sem ferrão Scaptotrigona postica (Latreille, 1836)
Arquivos
Data
Autores
Juliani, Felipe Augusto
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Resumo: Os antissépticos bucais são utilizados em larga escala pela população auxiliando na higienização da cavidade bucal, diminuindo assim a incidência de doenças como a cárie Contudo, alguns antissépticos bucais trazem riscos à saúde oral e sistêmica do paciente como mudança da cor dos dentes e bioacumulação de substâncias tóxicas no epidídimo e adipócitos O objetivo deste estudo foi desenvolver um antisséptico bucal contendo mel de abelhas indígenas sem ferrão da espécie Scaptotrigona postica, Latreille 187 e analisar atividade antimicrobiana e citotoxicidade do produto Para avaliação da atividade antimicrobiana foram utilizados os microrganismos, Enterococcus faecalis, Escherichia coli e Streptococcus mutans para o teste de ágar difusão e a curva de crescimento e morte celular nos tempos de 1, 15, 3, 45, 6, 12 segundos, 3 minutos e 1 hora Foram testados o mel puro, a base do antisséptico, a base acrescida de 5%, 1% e 2% (v/v) do mel de abelhas sem ferrão e dois controles triclosan ,5% e clorexidina a ,12% Já para o teste de citotoxicidade foi utilizada a célula FaDu, e a viabilidade celular foi avaliada com base na oxidação mitocondrial do MTT nos mesmos tempos da curva de crescimento e morte celular A microscopia eletrônica de varredura foi realizada com S mutans na presença do antisséptico contendo 2% (v/v) do mel por 1, 15 e 3 minutos Para o teste de difusão em ágar, o mel puro apresentou halo de inibição de 3 ± ,27 mm para E coli, 16 ± ,93 mm para E faecalis e 26 ± ,33 mm para S mutans Em relação aos produtos, E coli apresentou um halo de inibição de 12 ± ,2 mm somente com a formulação de 1% (v/v) de mel Para E faecalis, 1% e 2% (v/v) demonstraram atividade antimicrobiana com halo de inibição de 17 ± ,58 mm e 21 ± ,33 mm, respectivamente e para S mutans, 1% e 2% (v/v) demonstraram atividade antimicrobiana com halo de inibição de 19 ± ,2 mm e 25 ± ,6 mm, respectivamente Os antissépticos contendo 1% e 2% (v/v) de mel apresentaram efeito bactericida ao longo do tempo para E faecalis e S mutans O produto não apresentou efeito algum contra E coli Em relação à citotoxicidade, as 3 concentrações de antisséptico bucal apresentaram perda de viabilidade celular inferior a 5% Na microscopia eletrônica de varredura foi possível observar a formação de vesículas na parede celular, desarranjo celular e queda na população Assim através destes testes, conseguimos demonstrar a aplicabilidade do mel de abelha sem ferrão em um produto capaz de eliminar microrganismos bucais e ajudar no controle de doenças como a cárie dentária
Descrição
Palavras-chave
Antissépticos em odontologia, Antissépticos bucais, Mel de abelha, Agentes antibacterianos, Boca, Antiseptics in dentistry, Oral antiseptics, Honey, Mouth - Microbiology