Percepção de peso corporal e condutas alimentares em professores da rede estadual de ensino de Londrina-PR
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Gonçalves, Vanessa Francisquini
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Resumo
Resumo: Conhece-se a situação epidemiológica enfrentada mundialmente com relação ao aumento significativo do sobrepeso e obesidade em todas as camadas populacionais Além disso, diversas complicações de saúde têm sido evidenciadas entre professores e há pouca informação sobre as condutas alimentares e a influência da percepção de peso corporal especificamente nesse público Vista a importância social e escassez de trabalhos que estudem as características sociodemográficas, de saúde, de trabalho e principalmente, o perfil da percepção de peso corporal e condutas alimentares adotadas por essa população, objetivou-se analisar a relação entre percepção de peso corporal e condutas alimentares entre professores da rede estadual de ensino de Londrina-PR Realizou-se estudo transversal com todos os professores atuantes nas 2 escolas estaduais com maior número de professores de Londrina Informações foram coletadas por meio de entrevista individual através de questões sobre alimentação, aspectos sociodemográficos, condições de trabalho, perfil antropométrico e percepção de peso corporal Os dados foram analisados de forma descritiva e as associações estudadas mediante regressão de Poisson para estimação da Razão de Prevalência (RP) Foram incluídos nesta pesquisa um total de 92 professores sendo predominante: os de sexo feminino (67,8%); >41 anos (52,4%); casados (58,7%); brancos (74,6%) e com grau de instrução especialização (87,5%) No que se refere as características de trabalho e de saúde, observou-se que mais de 7% dos professores tem 2 vínculos ou mais, e mais de 8% trabalha 4 horas ou mais por semana Aproximadamente 3% dos professores apresentam diagnóstico médico de pelo menos uma DCNT e mais de 8% percebe sua saúde como boa, muito bou ou excelente Com relação a percepção de peso corporal, metade dos professores eutróficos (49,9%) se perceberam adequadamente Diferente dos com excesso de peso, onde a maioria (91,6%) apresentou uma percepção adequada do seu peso corporal Dos 441 professores classificados como eutróficos, mais de 4% superestimaram o peso corporal No que se refere as condutas alimentares, observou-se que o sexo, idade, renda, tempo como professor e número de vínculos foram os fatores que mais estiveram associados Por fim, não houve associação entre a percepção de peso corporal e condutas alimentares recomendadas ou não Concluiu-se que professores da Rede Estadual de Ensino de Londrina apresentam em sua maioria, condutas alimentares recomendadas E que embora seja um fator determinante para adoção de condutas adequadas em indivíduos com excesso de peso, a percepção de peso corporal não se mostrou associada a nenhuma conduta alimentar investigada Este achado fortalece a importância de que mais estudos continuem explorando a percepção de peso corporal nesse público, extrapolando a fim de se conhecer a satisfação e a autoestima com o corpo, de modo a conhecer até que ponto a imagem corporal pode influenciar os hábitos de vida dos docentes
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Palavras-chave
Hábitos alimentares, Professores, Corpo, Peso, Percepção, Food habits, Body weight, Teachers, Teachers