Vigilância de epizootias em primatas não humanos (PNH) como instrumento de monitoramento de arboviroses e outras viroses de interesse em saúde pública
Arquivos
Data
Autores
Svoboda, Walfrido Kühl
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Resumo
Resumo: Epizootias em animais selvagens podem ser consideradas importantes indicadores para saúde pública, porém pouco utilizadas em vigilância epidemiológica Avaliação de primatas não humanos (PNH), como “animais sentinelas”, foi realizada através deste estudo na região do município de Porto Rico-PR, alto Rio Paraná, no período de junho de 24 a abril de 26 Técnicas de captura foram utilizadas para três espécies nativas de PNH: Alouatta caraya, Cebus negritus, Cebus cay Uma tropa de cavalos de fazenda, que freqüentava local próximo a um dos locais de captura de PNH, foi utilizada na pesquisa Amostras de sangue, soro, fezes, pêlos, entre outras, foram colhidas, separadas e utilizadas para avaliar o perfil sanitário dos animais Procedimentos operacionais foram padronizados para realizar a vigilância de epizootias de forma rápida e ordenada Quatro esquemas de trabalho a campo foram propostos: dois na forma passiva e dois na forma ativa Os vírus da encefalite Saint Louis (SLEV) (n=133 PNH; n=23 cavalos de fazenda) e da doença de Borna (BDV) (n=147 PNH) foram diagnosticados A prevalência de anticorpos contra SLEV foi de 1162% (A caraya), 125% (C nigritus), 377% (C cay) pelo teste de inibição da hemaglutinação Destes, 232% (A caraya), 625% (C nigritus) e 1538% (C cay) foram confirmados por soroneutralização em camundongos Para os cavalos de fazenda a prevalência de anticorpos contra SLEV foi de 3913% pelo teste de inibição da hemaglutinação, não sendo confirmada por soroneutralização em camundongos Nenhum arbovírus foi isolado das 133 amostras de sangue de PNH e das 23 amostras de sangue de eqüinos testadas em células C6/36 A presença de BDV p24 RNA foi investigada pela transcrição reversa e nested PCR utilizando primers específicos para o fragmento p24 do BDV A prevalência do BDV nestes macacos foi de 15,38% As seqüências obtidas revelaram identidade com os dados seqüenciais depositados no GenBank para BDV Somente primatas da espécie Cebus cay foram positivos para o BDV Este resultado pode ajudar a entender a distribuição do BDV e SLEV entre as espécies de primatas e o possível papel destes animais na manutenção dos vírus no meio ambiente
Descrição
Palavras-chave
Vigilância epidemiológica, Primatas, Doenças, Encefalite de St. Louis, Epidemiological Surveillance, St. Louis encephalitis