A produção cinematográfica da Belair 1970: um sonho experimental

dc.contributor.advisorAguiar, Carolina Amaral de
dc.contributor.authorJunqueira Netto, Roberto de Paula
dc.contributor.bancaPinto, Pedro Plaza
dc.contributor.bancaBuzalaf, Márcia Neme
dc.coverage.extent108 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2025-01-24T13:02:08Z
dc.date.available2025-01-24T13:02:08Z
dc.date.issued2024-11-22
dc.description.abstractResumo: Após o golpe civil-militar brasileiro, parte dos diretores do cinema moderno desenvolveram uma vertente estética e ideológica, posteriormente denominada de Cinema Marginal, ao mesmo tempo herdeiro e separatista do movimento do Cinema Novo. A pesquisa pretende analisar a produtora cinematográfica Belair, fundada por Rogério Sganzerla, Helena Ignez e Júlio Bressane. A Belair passou a funcionar a partir do período posterior ao Festival de Brasília de 1969, quando Rogério Sganzerla se instalou no Rio de Janeiro, e durou até a ida para o exílio dos diretores a Londres (maio de 1970). A produtora é um marco na história do cinema brasileiro devido à forma de produção empregada, as imagens produzidas no espaço urbano, a radicalização dos procedimentos do cinema moderno e a valorização da chanchada. A pesquisa pretende investigar, pela metodologia da análise fílmica, os filmes realizados pelo Rogério Sganzerla na Belair: Copacabana mon amour (1970) e Sem essa, Aranha (1970). O propósito da pesquisa é identificar como as obras incorporaram e dialogaram com seu contexto, reinterpretando outros movimentos artísticos e resultando na criação de produtos cinematográficos autênticos, marcado pela experimentação e liberdade artística, justamente no seio de transformações culturais no período mais severo da ditadura militar: os anos de chumbo. Em um momento de novas polarizações no campo cultural brasileiro, diversos artistas repensaram o seu modo de agir na sociedade, como ocorreu na canção e o teatro – Tropicalismo e Teatro Oficina. No caso do cinema, a energia dos diretores marginais se canalizou na criação da imagem e do som para produzir choque, valendo-se do desconforto do espectador para atacar sua passividade. Esse momento de liberdade estética, foi interrompido pela repressão da ditadura, que forçou os diretores a exilarem-se em Londres, onde finalizaram e apresentaram alguns dos filmes realizados no início de 1970.
dc.description.abstractother1Abstract: After the Brazilian civil-military coup, some of the directors of modern cinema developed an aesthetic and ideological strand, later called Marginal Cinema, which was both heir to and a breakaway from the Cinema Novo movement. The research aims to analyze the film production company Belair, founded by Rogério Sganzerla, Helena Ignez and Júlio Bressane. Belair operated from the period after the 1969 Brasília Film Festival, when Rogério Sganzerla moved to Rio de Janeiro, until the directors went into exile in London (May 1970). The production company is a landmark in the history of Brazilian cinema due to the form of production employed, the images produced in the urban space, the radicalization of the procedures of modern cinema and the valorization of the chanchada. The research aims to investigate, using the methodology of film analysis, the films made by Rogério Sganzerla at Belair: Copacabana mon amour (1970) and Sem essa, Aranha (1970). The purpose of the research is to identify how the works incorporated and dialogued with their context, reinterpreting other artistic movements and resulting in the creation of authentic cinematographic products, marked by experimentation and artistic freedom, precisely in the midst of cultural transformations during the harshest period of the military dictatorship: the years of lead. At a time of new polarizations in the Brazilian cultural field, various artists rethought their way of acting in society, as happened in song and theater - Tropicalismo and Teatro Oficina. In the case of cinema, the energy of marginal directors was channeled into the creation of image and sound to produce shock, using the viewer's discomfort to attack their passivity. This moment of aesthetic freedom was interrupted by the repression of the dictatorship, which forced the directors to go into exile in London, where they finished and presented some of the films made at the beginning of 1970.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18535
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCLCH - Departamento de História
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em História Social
dc.subjectBelair
dc.subjectRogério Sganzerla
dc.subjectCinema Marginal
dc.subjectDitadura militar
dc.subjectCinema Moderno
dc.subjectAnálise fílmica
dc.subjectHistória social
dc.subjectCinema brasileiro
dc.subjectCultura - Brasil
dc.subjectDitadura - Brasil
dc.subjectExílio
dc.subjectDiretores e produtores de cinema - Brasil
dc.subjectEspaço urbano
dc.subject.capesCiências Humanas - História
dc.subject.cnpqCiências Humanas - História
dc.subject.keywordsBelair
dc.subject.keywordsCinema Marginal
dc.subject.keywordsMilitary dictatorship
dc.subject.keywordsModern cinema
dc.subject.keywordsFilm analysis
dc.subject.keywordsSocial history
dc.subject.keywordsBrazilian cinema
dc.subject.keywordsCulture - Brazil
dc.subject.keywordsDictatorship - Brazil
dc.subject.keywordsExiles
dc.subject.keywordsMotion picture producers and directors - Brazil
dc.subject.keywordsUrban space
dc.titleA produção cinematográfica da Belair 1970: um sonho experimental
dc.title.alternativeBelair's 1970 film production: an experimental dream
dc.typeDissertação
dcterms.educationLevelMestrado Acadêmico
dcterms.provenanceCentro de Letras e Ciências Humanas

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