Alterações temporais de marcadores sistêmicos inflamatórios e oxidativos em dois modelos experimentais envolvendo exercício em humanos saudáveis e com síndrome metabólica

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Resumo: Após a realização de uma sessão de exercício não habitual, são observados sinais e sintomas de processo inflamatório local, como dor muscular tardia, edema, e perda de função (redução de força muscular e amplitude de movimento) Alguns autores utilizam, além desses sinais e sintomas, a quantificação sistêmica de citocinas proinflamatórias e marcadores de estresse oxidativo, a fim de avaliar a presença e/ou magnitude do dano muscular gerado por exercício O tipo de contração utilizada, preferencialmente, nesses estudos, é a excêntrica, que notadamente promove danos mais expressivos em miofibrilas, em virtude do alongamento das fibras durante a contração No entanto, a associação entre os parâmetros sistêmicos supracitados e a ocorrência de inflamação local induzida por exercício não é completamente elucidada na literatura O objetivo do presente estudo foi investigar se existe relação entre dano muscular gerado por exercício não habitual e a presença de marcadores sistêmicos de inflamação e estresse oxidativo Para isso, sete adultos jovens (idade: 25,7 ± 5,7 anos; massa corpórea: 76,3 ± 14,4 kg; altura: 176, ± 8, cm; IMC: 2476 ± 489 kg/m2) realizaram uma sessão aguda de exercício pliométrico (5 séries de 2 saltos em profundidade) Amostras de sangue e informações como dor muscular, limiar de dor à pressão, circunferência da coxa e salto vertical foram coletadas antes, imediatamente após, ,5; 24, 48 e 72 horas após o protocolo de exercícios Adicionalmente, foi realizado teste de contração isométrica voluntária máxima uma semana antes da realização do protocolo, 24, 48 e 72 horas após o mesmo As amostras de sangue foram utilizadas para análise de marcadores sistêmicos de inflamação normalmente usados na literatura corrente (TNF-a, IL-6 e IL-1) e parâmetros de avaliação do balanço redox (quimioluminescência estimulada por tert-butil, consumo de oxigênio, conteúdo de proteínas carboniladas, produtos avançados de oxidação de proteínas, e catalase) O protocolo de exercícios foi capaz de gerar dano muscular significante, em virtude do aumento da percepção de dor [aumento significante às 24 (P=,3), 48 (P=,4) e 72 horas (P=,15) após o exercício, em comparação ao momento basal] e perda de função [o salto vertical apresentou diminuição significante às 48 horas após a sessão (P=,3) e a contração isométrica máxima foi menor às 24 (P=15) e 48 horas (P=3), em comparação ao momento pré-exercício] Apesar de terem sido observados sinais de dano muscular induzido por exercício, os níveis sistêmicos das citocinas inflamatórias analisadas e os parâmetros de avaliação de estresse oxidativo não foram modificados ao longo do período de avaliação pós-exercício Isso mostra que o dano muscular induzido por exercício não é necessariamente acompanhado por aumento sistêmico de citocinas inflamatórias e marcadores de estresse oxidativo, mostrando que é necessário ter cautela quando estas variáveis são utilizadas para avaliar a presença e/ou magnitude do dano muscular induzido por exercício

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Palavras-chave

Inflamação, Estresse oxidativo, Músculos, Síndrome metabólica, Inflammation, Oxidative stress, Muscles, Metabolic syndrome

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