Prevalência e fatores de risco associados à Sífilis em um Centro de Referência do Sul do Brasil

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Gomes, Natália Carolina Rodrigues Colombo

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Resumo: Introdução: A sífilis, doença sexualmente transmissível (DST), atinge expressivo número de indivíduos, mantendo-se como relevante problema de saúde pública Assim, a implantação do teste rápido para sífilis amplia o acesso as populações mais vulneráveis, favorece o diagnóstico e tratamento precoces, impactando nas conseqüências da infecção Objetivo: Analisar a prevalência e o os fatores de risco associados à sífilis em um Centro de Referência (CR) Método: Estudo de corte transversal, realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA e CR para DST de Londrina-PR Foram analisados os casos que realizaram o teste rápido no período de junho de 212 a dezembro de 214 A coleta de dados foi realizada por meio do Sistema de Informação do CTA As análises de prevalência, assim como o odds ratio para verificar associação de variáveis sóciodemográficas e comportamentais aos casos de sífilis foram realizadas por meio do programa OpenEpi (versão 33a) Os dados dos casos positivos de sífilis foram completados por meio dos prontuários dos pacientes acompanhados no CR, tabulados e analisados no programa SPSS, versão 2 Para estes casos, procedeu-se a análise de regressão binária logística para verificar possível diferença de chances entre os sexos e as variáveis comportamentais Foi considerado valor de alpha < ,5 como estatisticamente significativo Resultados: Foram realizados 559 testes, com prevalência de sífilis de 6,3%, sendo maior no sexo masculino (7,5%) do que no feminino (4,3%) (p<,1) Observou-se associação à sífilis: faixa etária de 25 a 34 anos (OR =1,57; IC95%:1,16-2,13), escolaridade de a 3 anos (OR = 1,84; IC95%:1,35-2,51) e não união estável (OR=1,33; IC95%:1,4-1,72) Os principais fatores comportamentais associados à sífilis foram: homens que fazem sexo com homens-HSH (OR=6,27; IC95%: 4,74-8,28), usuários de drogas (OR=4,71; IC95%: 3,16-7,2), ser portador de DST (OR=12,3; IC95%: 8,5-18,79) e ter apresentado DST nos últimos doze meses (OR=17,66; IC95%: 13,78-22,69) Observou-se associação à sífilis o uso de álcool, maconha, cocaína e crack, todos com significância estatística Analisando-se os 337 casos de sífilis em relação ao sexo, observou-se associação para os homens em relação à exposição sexual (OR=3,73; IC95%: 1,31-1,65), ter de dois a dez parceiros (OR=2,72; IC95%: 1,59-4,77) ou onze e mais parceiros (OR=6,6; IC95%: 2,3-18,13), uso de drogas (OR=3,35; IC95%: 1,91-5,87), uso de álcool (OR=2,79; IC95%: 1,58-4,92) e maconha (OR=3,2; IC95%: 1,38-6,62) As co-infecções mais presentes foram: HIV, papiloma vírus humano, herpes e hepatite C Quase metade dos casos de sífilis (48,4%) se encontrava na fase ativa da infecção, dos quais 6,7% tinham tratamento prescrito e 52,1% foram acompanhados até a alta Doença ativa foi associada a indivíduos com 13 a 44 anos e não brancos Conclusão: Os principais fatores associados à sífilis foram: sexo masculino, população sexualmente ativa, baixa escolaridade, HSH, usuários de drogas e ter apresentado ou ser portador de DST Dentre os casos de sífilis, observou-se maior vulnerabilidade para os homens, associada à exposição sexual, maior número de parceiros(as) e uso de drogas O conhecimento dos fatores de risco associados à sífilis deve ser prioridade para a saúde pública, devendo-se fortalecer as estratégias de prevenção e controle

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Palavras-chave

Sífilis, Doenças sexualmente transmissíveis, Estudos Transversais, Syphilis, Cross-sectional studies

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