Estudos da reação ao cobre em Xanthomonas axonopodis pv. citri : avaliação da sensibilidade in vitro e transferência conjugativa de plasmídeo envolvido na resistência ao cobre
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Meneguim, Luciana
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Resumo
Resumo: O cancro cítrico, causado pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv citri (Xac), é um dos problemas limitantes para a produção de citros em várias regiçoes do mundo Produtos à base de cobre são comumente utilizados para controle de diversas doenças fúngicas e bacterianas, inclusive o cancro cítrico No entanto, sua utilização pode levar à seleção de Xac resistente ao cobre Os objetivos deste estudo foram verificar a presença de resistência ao cobre em Xac provenientes de diferentes Estados do Brasil e países da América do Sul, bem como verificar a ocorrência de transferência plasmidial, que confere resistência ao cobre, entre isolados de Xanthomonas campestris pv vesicatoria e Xac Meio de cultura agar nutriente suplementado com sulfato de cobre, em diferentes concentrações, foi utilizado para determinar a sensibilidade ao cobre em Xac Para verficar a transferência plasmidial, foi utilizado como doador o isolado 81-23 de X campestris pv vesicatoria, resistente à 32 mg/ml de cobre Esse isolado contém o plasmídeo autotransmissível pXvCu O mutante do isolado 36 de Xac, sensível ao cobre e resistente à rifampicina, foi utilizado como receptor A obtenção de transconjugantes foi feita em meio líquido, sólido e in planta Plantas de laranja Valência foram inoculadas para confirmar a patogenicidade dos transconjugantes A estabilidade plasmidial dos transconjugantes foi verificada por sucessivas repicagens em meio de cultura sem os agentes seletivos A confirmação dos transconjugantes resistentes ao cobre foi verificada através do perfil plasmidial Entre os 27 isolados de Xac avaliados não foi possível verificar a presença de resistência ao cobre, no entanto, houve variação quanto à tolerância ao cobre A maior concentração de cobre em que houve crescimento bacteriano foi de 8 mg/ml de cobre para isolados de Xac provenientes de São Paulo, Argentina, Bolívia e Paraguai Não foi possível verificar diferença quanto à procedência dos isolados e sua sensibilidade ao cobre O plasmídeo que confere resistência ao cobre foi transferido para Xac a uma frequência variando de 3 x 1-3 a 3 x 1-4, a 1,4 x 1-5 e 3,4 x 1-4 a 1,8 x 1-5, para conjugação em meio líquido, sólido e in planta, respectivamente Foram obtidos transconjugantes com resistência ao cobre superior àquela do doador A conjugação em meio líquido mostrou ser o método mais eficiente para transferência plasmidial A patogenicidade a citros foi confirmada para todos os transconjugantes obtidos A estabilidade dos transconjugantes foi determinada após 16 gerações de sucessivas repicagens em meio de cultura sem o agente seletivo O presente estudo mostrou que ainda não há resistência ao cobre entre os isolados de Xac avaliados Entretanto, a capacidade de transferência de plasmídeo com resistência ao cobre entre X campestris pv vesicatoria e Xac pode comprometer a eficiência do produto para o controle do cancro cítrico
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Palavras-chave
Cancro cítrico, Plasmídeos, Cobre, Fitopatologia, Citrus canker, Plant diseases, Plasmids, Copper