Violência laboral e síndrome de Burnout em professores do ensino fundamental e médio
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Ribeiro, Beatriz Maria dos Santos Santiago
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Resumo
Resumo: Este estudo teve como objetivos verificar a associação entre a violência laboral e a síndrome de burnout e identificar a prevalência de violência física e verbal em professores do ensino fundamental e médio Trata-se de um estudo transversal, realizado com uma amostra de 2 professores do ensino básico de um município do norte do Paraná Os dados foram coletados no período julho de 218 a fevereiro de 219 por meio de um questionário com informações sociodemográficas e ocupacionais, pelo instrumento que avalia a violência no trabalho sofrida ou testemunhada nos últimos 12 meses e pelo Maslach Inventory Burnout Os dados foram analisados no software R Core Team 217 O primeiro objetivo foi atingido por estatística descritiva e regressão linear múltipla, considerando exaustão emocional, despersonalização e realização profissional como variável dependente e as violências sofridas ou testemunhadas como variáveis independentes Já o segundo objetivo, foi analisado pelo programa Statistical Package of Social Sciences, por estatística descritiva e pelo modelo de regressão de Poisson com variância robusta, adotando-se como critério de significância p<,5, para a estimativa, utilizou-se as razões de prevalência e intervalo de confiança de 95% Os resultados indicaram que os professores que sofreram violência física e verbal ou testemunharam a violência no ambiente de trabalho nos últimos 12 meses apresentaram níveis maiores de exaustão emocional e despersonalização, porém em relação à realização profissional não houve correlação com as variáveis de violência No modelo múltiplo com as variáveis dependentes de exaustão emocional e despersonalização associadas as variáveis de sofrer violência física e verbal e presenciar violência física e verbal, manteve-se associação estatisticamente significativa com p=,1 A agressão física nos últimos 12 meses foi relatada por 3% dos professores, o aluno foi o principal agressor, 39% dos entrevistados presenciaram situações de violência física direcionada ao professor no seu local de trabalho No que concerne à violência verbal, nos últimos 12 meses 71,5% dos professores foram agredidos em seu ambiente de trabalho e o agressor foi o aluno em 69,4%, sendo prevalente o agressor do sexo masculino 67,8% Nos últimos 12 meses presenciaram situações de abuso verbal no seu local de trabalho cerca de 71% dos professores pesquisados Observou-se maior prevalência de violência verbal em homens (p=,2) e indivíduos com 4 anos ou mais (p=,3) A violência física e a verbal se associaram isoladamente a duas primeiras dimensões da síndrome de burnout A prevalência de violência verbal foi maior que a da física e os alunos foram os principais agressores Podem ser criadas estratégias para a prevenção da violência laboral, tais como: monitoramento do ambiente, promover redes de apoio, respeitar as individualidades, estimular a notificação da violência, discutir a violência com os gestores, professores, alunos, pais ou responsáveis e sociedade Assim, os trabalhadores podem ter um ambiente mais seguro para desenvolver suas atividades
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Palavras-chave
Burnout (Psicologia), Saúde e trabalho, Professores de ensino médio, Professores de ensino fundamental, Professores e alunos, Burn out (Psychology), Pupil-teacher relationships, Nursing