O trabalho multiprofissional na atenção primária à saúde e a gestão municipal

dc.contributor.advisorCarvalho, Brígida Gimenez
dc.contributor.authorMatheus, Larissa Cristina Caruzo
dc.contributor.bancaMendonça, Fernanda de Freitas
dc.contributor.bancaFélix, Sarah Beatriz Coceiro Meirelles
dc.contributor.bancaStefanello, Sabrina
dc.contributor.bancaNunes, Elisabete de Fátima Polo de Almeida
dc.coverage.extent134 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-10-17T18:09:50Z
dc.date.available2024-10-17T18:09:50Z
dc.date.issued2024-07-03
dc.description.abstractA produção sobre o trabalho multiprofissional na saúde teve início nas décadas de 1950 e 1960, e apontou a necessidade de uma remodelação dos processos de trabalho, a redefinição da finalidade e a busca por novas tecnologias de atuação. No Brasil, é possível reconhecer essa proposta nos ideais da Reforma Sanitária, na década de 1970, com vistas a um sistema de saúde universal e igualitário, que foi conquistado em 1988, com promulgação da Constituição Federal (CF) e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). A CF orientou também os moldes do atual federalismo brasileiro, com autonomia, principalmente política e administrativa, e em certa medida, financeira dos três entes: União, Estados e Municípios. A descentralização da gestão, também chamada de municipalização, incumbiu os municípios da organização e prestação de serviços de saúde local, mas manteve o poder indutor das políticas do ente federal. As gestões municipais ordenam o cuidado da Atenção Primária à Saúde (APS) por meio das equipes de Estratégia Saúde da Família (ESF), e em 2008 ganharam reforço das equipes dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF), para aumento das estratégias de cuidado e trabalho colaborativo multiprofissional. O trabalho colaborativo pode ser executado dentro de um espectro contingencial com variações das atividades multiprofissionais. Este estudo buscou analisar os aspectos da gestão municipal que influenciam a atuação e limitações do trabalho multiprofissional na APS. Realizou-se um estudo qualitativo em nove municípios da macrorregião norte do Paraná. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas, a partir de um roteiro semiestruturado, aos gestores municipais de saúde e coordenadores de APS, no período de julho a agosto de 2022, associado ao levantamento de dados secundários extraídos por meio do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS), sobre: equipes multiprofissionais, cadastro de profissionais na APS, tipo de vínculo, categorias profissionais e financiamento da APS. Os resultados caracterizaram administrativamente os municípios e os gestores, a atuação das equipes multiprofissionais e as limitações do trabalho multiprofissional. Predomínio de municípios de pequeno porte, e de municípios com equipes multiprofissionais cadastradas, modalidades de contratação mais robustas em municípios de grande porte, bem como maior quantitativo de profissionais associada a presença de profissionais da residência multiprofissional. Elevados gastos em APS nos municípios de pequeno porte, com ausência de equipes multiprofissionais. Evidenciou-se que os municípios de maior porte são os que apresentam características do trabalho multiprofissional mais próxima do proposto para o NASF. Os altos gastos em APS, não se mostraram fator determinante para a multiprofissionalidade. A formação acadêmica dos atores, na área da saúde e com cursos de pós-graduação estiveram presentes em municípios com organizações do trabalho na lógica multiprofissional. Os entrevistados apontam como fatores limitantes para o trabalho multi: a formação acadêmica, o baixo comprometimento dos profissionais com o trabalho, a dificuldade de compreensão do modelo matricial e a visão hegemônica do cuidado, por parte da maioria dos envolvidos (gestores, coordenadores profissionais da APS e população). Observou-se que os gestores e coordenadores de APS podem não se reconhecer como parte essencial para concretização do trabalho multiprofissional, considerando que suas percepções sobre os impasses da multiprofissionalidade são direcionadas de forma mais frequente para outros indivíduos e aspectos, sem qualquer menção a possíveis fragilidades da gerência e pouco citaram estratégias de melhoria para efetivação do trabalho multiprofissional.
dc.description.abstractother1Production on multidisciplinary work in health began in the 1950s and 1960s, and highlighted the need for remodeling work processes, redefining purpose and searching for new technologies. In Brazil, it is possible to recognize this proposal in the ideals of the Health Reform, in the 1970s, with a view to a universal and egalitarian health system, which was achieved in 1988, with the promulgation of the Federal Constitution (CF) and the creation of the Unified System of Health (SUS). The CF also guided the molds of current Brazilian federalism, with autonomy, mainly political and administrative, and to a certain extent, financial, of the three entities: Union, States and Municipalities. The decentralization of management, also called municipalization, put municipalities in charge of organizing and providing local health services, but maintained the power to induce the policies of the federal entity. Municipal administrations order Primary Health Care (PHC) care through the Family Health Strategy (ESF) teams, and in 2008 they gained reinforcement from the Family Health Support Centers (NASF) teams, to increase strategies care and multidisciplinary collaborative work. Collaborative work can be carried out within a contingency spectrum with variations in multi-professional activities. This study sought to analyze the aspects of municipal management that influence the performance and limitations of multidisciplinary work in PHC. A qualitative study was carried out in nine municipalities in the northern macro-region of Paraná. The data were obtained through interviews, based on a semi-structured script, with municipal health managers and PHC coordinators, from july to august 2022, associated with the collection of secondary data extracted through the National Registry of Health Establishments (CNES) and the Public Health Budget Information System (SIOPS), on: multidisciplinary teams, registration of professionals in the APS, type of contract, professional categories and APS financing. The results administratively characterized the municipalities and managers, the performance of multidisciplinary teams and the limitations of multidisciplinary work. Predominance of small municipalities, and municipalities with registered multidisciplinary teams, more robust hiring modalities in large municipalities, as well as a greater number of professionals associated with the presence of multidisciplinary residency professionals. High spending on PHC in small municipalities, with a lack of multidisciplinary teams. It was evident that the larger municipalities are those with characteristics of multidisciplinary work that are closer to those proposed for the NASF. High spending on PHC did not prove to be a determining factor for multi-professionality. The academic training of the actors, in the health area and with postgraduate courses, were present in municipalities with work organizations based on a multi-professional logic. The interviewees point out as limiting factors for multi work: academic training, the low commitment of professionals to work, the difficulty in understanding the matrix model and the hegemonic view of care, on the part of the majority of those involved (managers, professional coordinators of the APS and population) It was observed that PHC managers and coordinators may not recognize themselves as an essential part of achieving multidisciplinary work, considering that their perceptions about the impasses of multiprofessionality are more frequently directed towards other individuals and aspects, without any mention of possible weaknesses management and barely cited improvement strategies for carrying out multidisciplinary work.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18132
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCS - Departamento de Saúde Coletiva
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
dc.subjectAtenção Primária à Saúde
dc.subjectGestão em Saúde
dc.subjectEquipe Multiprofissional
dc.subjectPráticas Interdisciplinares
dc.subject.capesCiências da Saúde - Saúde Coletiva
dc.subject.cnpqCiências da Saúde - Saúde Coletiva
dc.subject.keywordsPrimary Health Care
dc.subject.keywordsHealth Management
dc.subject.keywordsPatient Care Team
dc.subject.keywordsInterdisciplinary Placement
dc.titleO trabalho multiprofissional na atenção primária à saúde e a gestão municipal
dc.title.alternativeMultiprofessional work in primary health care and municipal management
dc.typeDissertação
dcterms.educationLevelMestrado Acadêmico
dcterms.provenanceCentro de Ciências da Saúde

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