Estudo do modo de ação de atrazina nanoencapsulada em plantas de mostarda

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Preisler, Ana Cristina

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Resumo: As nanocápsulas de poli (?-caprolactona) (PCL) vêm sendo utilizadas como um sistema transportador eficiente de atrazina para o controle de plantas daninhas em pré e em pós-emergência, potencializando a atividade herbicida e reduzindo os danos ambientais em relação à atrazina comercial Contudo, pouco se tem de informação sobre o modo de ação da nanoatrazina, sobretudo em relação à sua absorção e translocação pelas plantas Objetivou-se com este trabalho avaliar o modo de ação das nanocápsulas poliméricas de PCL contendo atrazina, visando compreender por que elas potencializam a atividade do herbicida tanto em raiz (pré) quanto em folhas (pós-emergência) O experimento foi conduzido utilizando a mostarda (Brassica juncea) como planta modelo Os tratamentos utilizados foram água (controle), nanocápsulas de PCL sem atrazina (NC), nanocápsulas de PCL contendo atrazina (NC+ATZ) e atrazina comercial (ATZ) Seus efeitos sobre a atividade do fotossistema II (FSII) e parâmetros fitométricos foram avaliados Para um melhor entendimento da atividade pré-emergente, foram realizados ensaios aplicando as formulações em solos contrastantes (argiloso e médio arenoso) e em sistema de hidroponia Em praticamente todos os casos (exceto no solo médio arenoso), a inibição da atividade do FSII foi maior e mais rápida em folhas de plantas tratadas com NC+ATZ em relação à ATZ Ensaios com nanocápsulas contendo sonda fluorescente demonstraram a eficiência na absorção pelas raízes logo na primeira hora após aplicação e a translocação pelo xilema, identificando a presença da fluorescência nas folhas Para avaliar os mecanismos envolvidos na atividade pós-emergente da nanoatrazina, as formulações foram aplicadas localmente na região central de uma folha NC+ATZ levou a uma maior inibição da atividade do FSII que ATZ não apenas no local de aplicação, mas também na base e no ápice da folha tratada e mesmo em uma folha não tratada, indicando um aumento da absorção e translocação da atrazina nas folhas devido à nanoencapsulação O tratamento com fusicocina (que aumenta a abertura estomática) aumentou a diferença entre os efeitos de NC+ATZ e ATZ na atividade do FSII, o que sugere a importância dos estômatos como uma via de entrada da nanoatrazina nas folhas De uma forma geral, esses resultados permitiram obter um melhor entendimento do modo de ação da nanoatrazina tanto em pré quanto em pós-emergência Ainda são necessários estudos mais detalhados quanto a influência do solo a fim de corroborar mais com a absorção do nanoherbicida pelas raízes e translocação para a parte aérea, bem como a importância dos estômatos para absorção foliar

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Palavras-chave

Brassica juncea, Nanotecnologia, Fotossíntese, Herbicidas, Erva daninha, Brassica juncea, Nanotechnology, Photosynthesis, Herbicides, Weeds

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