Momento de colheita e tratamento fungicida na sanidade e produtividade de híbridos de milho em diferentes ambientes

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Tsukahara, Rodrigo Yoiti

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Resumo

Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a interação entre o uso de fungicida foliar e o momento da colheita do milho em diferentes condições ambientais, com vistas ao desenvolvimento de um sistema de suporte à decisão para a região de atuação das Cooperativas ABC Experimentos foram conduzidos em Castro, Paraná, em delineamento de blocos casualizados, parcelas subdivididas, 4 repetições, sendo a parcela principal composta pelo fator fungicida e os momentos de colheita como sub-parcelas Foram avaliadas a incidência e severidade de doenças foliares, porcentagem de colmos podres, quebrados e podridões de espigas Após a colheita manual das parcelas, determinou-se a umidade, a massa de mil grãos, a produtividade e os grãos ardidos Em laboratório, os principais microorganismos presentes nos grãos assintomáticos ou sintomáticos foram isolados e identificados morfologicamente Para relacionar as respostas agronômicas com as condições ambientais, foram monitoradas variáveis atmosféricas e de solo em todos os experimentos de campo Em função da interação não significativa entre o fungicida e o momento de colheita, optou-se por separar os fatores e analisa-los versus as diferentes condições ambientais através de grupos de experimentos Desta forma, o artigo A foi composto pelos fatores fungicida (com e sem) e ambiente (212/13-A, 212/13-B, 213/14-A e 213/14-B), em blocos casualizados e 4 repetições Os híbridos avaliados foram o AG841PRO, CeleronTL, P3F53YH, P3R5YH e P32R22H O uso de fungicida reduziu a área abaixo da curva de progresso da Puccinia sorghi, do Exserohilum turcicum e a porcentagem de podridões de colmo, mesmo em ambientes com baixa umidade relativa do ar e alta radiação solar global (212/13-A e 213/14-A) Contudo, o tratamento fungicida não reduziu as podridões de espiga por Diplodia e Giberela, ou a porcentagem de grãos ardidos nos híbridos CeleronTL e P32R22H Com exceção do P3F53YH, a interação significativa com o ambiente demonstrou tanto a ausência de efeito do fungicida sobre a produtividade de grãos nos ambientes 212/13-A e 213/14-A, quanto o ganho entre 1,8 e 4,6 Mg ha-1 em ambientes com alta precipitação e umidade relativa do ar (212/13-B e 213/14-B) Nestas condições ambientais e sem uso de fungicida, destacou-se o híbrido AG841PRO Através da precipitação pluvial acumulada entre V5 e R2 estimou-se a área abaixo da curva de progresso da P sorghi (R2 = ,93 e REQM = 49,7) Em posse desta variável, estimou-se a perda de produtividade (R2 = ,72 e REQM = 1,2 Mg ha-1) O artigo B foi composto pelos fatores momento de colheita (, 15, 3 e 45 dias após a maturação fisiológica) e ambiente (211/12-A, 211/12-B, 211/12-C, 212/13-A, 212/13-B, 213/14-A e 213/14-B), em blocos casualizados e 8 repetições Os híbridos avaliados foram o AG841PRO, P3F53YH, P3R5YH e P32R22H O atraso na colheita do milho resultou tanto no aumento da porcentagem de podridões de colmo e de grãos contaminados por Penicillium spp, quanto na redução da umidade, da massa de mil grãos e da produtividade de grãos, devido ao processo de respiração dos grãos A porcentagem de podridões de espigas com Giberela não foi influenciada pelo atraso na colheita Sob ambientes favoráveis a maturação fisiológica do milho (precipitação pluvial < 21 mm em < 13 dias, umidade relativa do ar < 88,7 % e radiação solar > 13,7 MJ m-2 dia-1), observou-se a manutenção dos valores de produtividade de grãos mesmo em colheitas realizadas 45 dias após a maturação fisiológica, com amplitude das respostas oscilando em função do híbrido Em condições opostas, de excessiva precipitação na pré-colheita do milho, destacou-se o P32R22H pelo decréscimo da umidade do grão, pela menor perda de massa de mil grãos e menor incremento de grãos ardidos A partir de informações como o número de dias entre a maturação fisiológica e a data atual, associada ao total pluviométrico neste mesmo período, foi estimada a perda relativa da umidade e da produtividade de grãos, com R2 = ,51 e ,81 e REQM = 3,3 % e 1,9 % respectivamente Em situações de disponibilidade de registros meteorológicos obtidos em estações automáticas, estimou-se o decréscimo da produtividade e a evolução de grãos ardidos após a maturação fisiológica do milho através de métodos não hierárquicos como as árvores de decisão, com R2 = ,75 e ,7 e REQM = 1,9 % e 53,5 % respectivamente Os resultados evidenciaram a eficiência do uso de fungicidas sobre a melhoria da sanidade de folhas, colmos e grãos, assim como a necessidade de realização da colheita logo após a maturação fisiológica do milho, devido a maior massa de mil grãos e maior produtividade Quando foi considerado o saldo líquido financeiro, obteve-se a melhor relação custo benefício nas colheitas realizadas próximas a maturação fisiológica dos híbridos AG841PRO, P3F53YH e P3R5YH, mesmo com os maiores custos de colheita, transporte e secagem dos grãos As regressões significativas com o tratamento fungicida ou com o atraso da colheita demonstraram tanto a influência da precipitação pluvial, umidade relativa do ar, radiação solar e temperatura do ar sobre a amplitude das respostas agronômicas avaliadas, quanto a possibilidade de utilização dos algoritmos desenvolvidos em sistemas de suporte à tomada de decisão, com ênfase na manutenção da sanidade, da produtividade e da rentabilidade do cultivo de milho na região dos Campos Gerais do Paraná, Brasil

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Palavras-chave

Milho, Colheita, Milho, Produtividade, Plantas, Harvesting, Productivity, Plants, Effect of fungicides on, Corn

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