Ecologia trófica e áreas de alimentação de Chelonia mydas (Linnaeus, 1758), no litoral do Paraná, Brasil

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Gama, Luciana Rolinski

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Resumo

Resumo: As pradarias de fanerógamas marinhas são habitat berçário para diversas espécies marinhas, indicadoras da saúde do ambiente, e importantes para a manutenção da produtividade primária dos estuários e baías Além disso, participam da ciclagem dos nutrientes e retiram contaminantes da coluna d’água, transferindo energia e também poluentes para níveis tróficos superiores Distribuem-se globalmente, exceto na Antártica e três gêneros são descritos: Halodule, Halophila e Ruppia Halodule é a mais frequente e, no Brasil, sua distribuição se dá desde a costa norte até o litoral paranaense No Paraná, a espécie Halodule wrightii é encontrada em diversas planícies de maré e sua porcentagem de cobertura foi avaliada na área próxima a Ilha Rasa (1km2); no Saco do Limoeiro (,18km2), na Ilha do Mel; e no Baixio do Perigo (,18km2) Duas amostragens foram realizadas em cada uma das três áreas, durante as estações de verão e de inverno, durante um ano Para estas, dois métodos foram utilizados: o método dos quadrantes, no qual 3 quadrantes de 1 m2 foram aleatorizados por amostragem visando avaliar a porcentagem de cobertura da fanerógama marinha e de macroalgas associadas; e o método de transecções lineares, no qual a análise qualitativa foi realizada Para avaliar a relação consumo-abundância dos recursos alimentares, o índice de eletividade de Jacobs (D) foi aplicado No verão, a porcentagem de cobertura foi significativamente maior do que no inverno A Ilha Rasa abriga a maior planície de maré em área, apresentando os maiores valores de cobertura, de quadrantes que continham fanerógamas e de área em m2 com fanerógama As macroalgas associadas às pradarias de fanerógama marinha foram avaliadas quanto a abundância e identificadas como Ulva sp, Gracilaria domingensis e Acanthophora sp G domingensis foi a macroalga menos disponível nas três áreas analisadas, ao passo que Acanthophora sp foi a mais abundante no Saco do Limoeiro; e Ulva sp a mais abundante no Baixio do Perigo, o qual recebe diretamente os impactos portuários, situando-se em uma região eutrofizada Os resultados do índice de eletividade mostram que o litoral do Paraná apresenta itens alimentares que são preferidos pelas tartaruga-verde em determinada estação, o que evidencia a capacidade de suporte das planícies de maré fornecerem recurso alimentar para as tartarugas-verde ao longo do ano, além da importância em manter os parâmetros naturais físico, químicos e biológicos das planícies de maré e monitoramentos contínuos destas áreas, visando sua conservação e avaliação dos impactos antrópicos sobre as mesmas

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Palavras-chave

Tartaruga marinha, Atlântico, Oceano, Costa (Brasil, Sul), Tartaruga marinha, Alimentos, Ecossistemas costeiros, Marine turtles, Atlântico, Oceano, Costa (Brasil, Sul), Marine biology, Coastal ecosystems, Conservation, Marine turtles, Food

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