Investigação de genes de resistência e virulência em amostras de Escherichia coli patogênica extraintestinal multirresistentes causadoras de colibacilose na cadeia de produção avícola

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Miranda, Maysa Chueiri

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Resumo

Resumo: A produção brasileira de carne de frango destaca-se no cenário do agronegócio Em decorrência do sistema intensivo de produção, os aspectos sanitários são um desafio ao setor O uso de antimicrobianos na produção tem levado a seleção de bactérias resistentes Escherichia coli faz parte da microbiota normal de mamíferos e aves, porém algumas cepas podem causar doenças em humanos e animais dependendo de seu perfil de virulência Escherichia coli patogênica para aves (APEC) é agente da colibacilose, doença que acarreta altas perdas econômicas para indústria avícola Este trabalho teve como objetivo a investigação de um surto de colibacilose aviária Foram selecionadas 6 amostras bacterianas, sendo 14 APECs isoladas de frangos de corte acometidos por colibacilose, 15 amostras de E coli pertencentes à microbiota intestinal de frangos saudáveis, 22 provindas da cama de aviário e nove amostras do galpão de criação Foram analisados quanto ao perfil de resistência aos antimicrobianos e os testes de susceptibilidade mostraram alta frequência de resistência a quase todos os compostos testados, com 67% das amostras multirresistentes Uma exceção foram as fluorquinolonas, onde 984% das amostras permaneceram sensíveis Das 6 amostras, 47 eram E coli produtoras de ESBL O grupo de genes do tipo CTX-M-1 foi o mais frequente encontrado associado com o fenótipo ESBL, e somente uma amostra (16%) pertencente à cama de frango apresentou positividade para o gene mcr-1 A classificação filogenética mostrou que os grupos D e A foram predominantes e entre os genes de virulência, o gene iutA foi o prevalente (716%) A clonalidade entre as amostras foi investigada por meio de Enterobacterial Repetitive Intergenic Consensus Sequences (ERIC- PCR), mostrando que as amostras foram agrupadas em quatro grupos clonais, com alta variabilidade genética entre elas Estes resultados mostram que as aves e o ambiente de criação podem ser possíveis reservatórios de genes de virulência e resistência, com possibilidade de transferência genética entre micro-organismos durante a produção, e consequentemente risco zoonótico, sendo de grande importância na avicultura à elaboração de programas de monitoramento da presença desses genes e o uso racional de antimicrobianos para minimizar o aparecimento de doenças e a disseminação de cepas multirresistentes

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Palavras-chave

Escherichia coli, Resistência bacteriana, Colibacilose aviária, Fatores de virulência, Bacterial resistance, Avian colibacillosis, Virulence factors

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