Helmintofauna e dieta de Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) (Aves, Sphenisciformes) no litoral sul do Brasil

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Paula, Angélica Alves de

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Resumo: Conhecida popularmente como pinguim-de-Magalhães, Spheniscus magellanicus, se reproduz na Argentina, Chile e Ilhas Malvinas e, após, jovens e adultos migram para o norte, alcançando o litoral brasileiro Grande número de indivíduos, a maioria jovens, chega ao Brasil, principalmente no inverno, em busca de alimento A principal presa consumida por S magellanicus durante a migração, no litoral brasileiro, são os cefalópodes Por outro lado, no norte da patagônia Argentina, em período reprodutivo, os peixes constituem o item mais consumido, sendo Eugraulis anchoita a principal espécie ingerida A helmintofauna gastrointestinal de S magellanicus, nesta localidade, é constituída por cinco espécies: os nematoides, Cosmocephalus obvelatus e Contracaecum pelagicum, o acantocéfalo Corynosoma sp, o cestoide Tetrabothrius lutzi e o digenético Cardiocephaloides physalis No Brasil, com exceção de C obvelatus, foram registradas todas as citadas na Argentina, além dos digenéticos Mesostephanus odhneri, Stephanoprora uruguayense, Ascocotyle (Phagicola) longa e Ascocotyle (P) sp No entanto, pouca atenção tem sido dada à relação parasita-hospedeiro Sendo assim, objetivou-se avaliar a composição e a estrutura da comunidade componente de helmintos do trato gastrointestinal, bem como, a dieta de S magellanicus, frente à maturidade e à condição corporal, visando analisar a relação do parasitismo com as presas consumidas durante a migração pela costa sul do Brasil Para tanto, foram examinados tratos gastrointestinais de pinguins-de-Magalhães, encontrados nas praias do litoral do Rio Grande do Sul durante os meses de junho, julho e agosto, em 213 e 214 Os helmintos foram coletados, processados rotineiramente e identificados até o menor nível taxonômico possível Para cada espécie parasita, foram calculados e comparados estatisticamente os índices populacionais obtidos, tanto para jovens quanto para adultos, frente à condição corporal dos hospedeiros A fim de analisar a composição das comunidades componentes de jovens e adultos, em diferentes condições corporais, foram listadas as espécies e, para avaliação da estrutura das comunidades calculou-se a riqueza, a abundância e os índices de diversidade de Brilloiun e dominância de Berger-Parker Os itens alimentares foram separados e identificados ao menor nível taxonômico possível, e as frequências relativas de ocorrência (FO%) foram calculadas e comparadas Foram analisados 63 pinguins-de-Magalhães, destes, 42 eram jovens, sendo 32 magros e dez com boa condição corporal, e 21 eram adultos, sendo dez magros e 11 em boa condição A composição da comunidade componente de helmintos do trato gastrointestinal dos pinguins jovens foi similar à dos adultos, com seis espécies em comum Duas outras espécies, consideradas raras pelos baixos valores dos índices populacionais, foram encontradas somente em pinguins jovens magros No entanto, a estrutura dessas comunidades componentes diferiu Os indivíduos magros, tanto jovens quanto adultos, apresentaram-se mais abundantemente parasitados A dieta do pinguim-de-Magalhães foi constituída principalmente por peixes e cefalópodes, sendo as espécies com maior valor de FO% a anchova, E anchoita, e a lula, Doryteuthis sanpaulensis Os resultados, bem como a metodologia detalhada, são apresentados e discutidos no artigo intitulado “Relação da dieta e do parasitismo gastrointestinal com a condição corporal e a maturidade de pinguins-de-Magalhães, Spheniscus magellanicus (Forster, 1781) em período migratório no sul do Brasil”

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Palavras-chave

Pinguim, Alimentos, Pinguim, Parasito, Ave, Penguin, Food, Penguin, Parasites, Birds - Migration, Aquatic ecology

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