Percepções e práticas pedagógicas de professores regentes dos anos iniciais em relação aos alunos com necessidades educacionais especiais
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Verissimo, Natália Barbosa
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Resumo: A presente pesquisa teve como principal objetivo caracterizar as percepções e práticas pedagógicas de professores regentes dos anos iniciais do Ensino Fundamental I que têm alunos com necessidades educacionais especiais (NEE); além disso, conhecer como se efetiva o processo de elaboração das atividades desenvolvidas com os alunos, identificar suas dificuldades e sucessos experienciados no processo de inclusão dos referidos alunos, identificar sugestões para aprimoramento de sua prática pedagógica com vistas à inclusão de tais alunos e verificar as percepções que apresentavam em relação à inclusão deles no ensino regular Os pressupostos teóricos que nortearam a organização deste estudo, estão relacionados aos conhecimentos desenvolvidos referentes à educação inclusiva, principalmente aqueles direcionados a orientações pedagógicas para promover o processo de inclusão dos alunos com NEE Este estudo se constitui em uma pesquisa descritiva com análise qualitativa, realizada por meio de estudo de caso Foram participantes desta pesquisa quatro professoras de uma Escola de Ensino Fundamental, regentes de classe comum dos anos iniciais de um município do norte do estado do Paraná Os dados foram coletados por meio de observação direta sistemática em sala de aula e foi realizada uma entrevista semiestruturada com cada uma das participantes Os resultados foram organizados e discutidos por meio de seis categorias com suas respectivas subcategorias De modo geral, os resultados evidenciaram que as participantes apresentaram em diversos momentos práticas que favoreceram o processo de aprendizagem dos alunos, tais como atendimento individualizado, oferta de atividades diferenciadas, trabalho de tutoria em grupos, bem como estimularam a interação dos alunos com NEE e sem NEE em sala de aula Por outro lado, observamos práticas que não favoreceram o referido processo, tais como: a utilização frequente de muitas atividades xerocadas e de livros didáticos sem contextualização, carteiras enfileiradas em todos os dias de aula, mesmo quando algumas atividades propiciavam outras formas de arranjos do espaço físico Verificamos que as participantes demostraram dificuldades em trabalhar com as adaptações curriculares e que estas não foram elaboradas por elas Três participantes apresentaram concepções de que o processo de inclusão vem sendo dificultado, visto que acreditavam ser necessário atender os alunos com NEE em particular ou individualmente, o que dificultaria o atendimento dos demais alunos e que necessitavam de um professor auxiliar em sala de aula para melhor atender os alunos Por outro lado, uma participante evidenciou que tal processo vem sendo efetivado, uma vez que aluna contava com uma professora de apoio; no entanto, a professora regente não realizou intervenções diretas com a aluna, além de não proporcionar a sua interação com os demais alunos Os dados ainda revelaram lacunas na formação inicial recebida, falta de formação em serviço com relação ao processo de inclusão e necessidade de se reorganização e da Política Nacional de Educação Especial em relação ao atendimento aluno Esperamos que esse estudo possa contribuir com orientações sobre o processo de formação necessárias aos professores para o desenvolvimento de práticas pedagógicas efetivamente inclusivas
Descrição
Palavras-chave
Educação inclusiva, Estudantes deficientes, Professores, Formação, Inclusive education, Students with disabilities, Teacher training