O café no Paraná : do modelo tradicional manual ao adensado mecanizado

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Ripol, Cristovon Videira

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Resumo

Resumo: Na década de 6, o Paraná possuía uma área de 1,8 milhões de hectares de café (Coffea arabica L), o maior maciço com cultivo agrícola perene do mundo O norte do Paraná participou com área cultivada de café no estado, superior a 9 hectares até o inicio de 197 A estimativa atual da área cultivada com café no Paraná é de 53 mil hectares Esta redução é reflexo da forte crise de renda que os cafeicultores sofreram na última década, sendo agravada em 213 onde os preços recebidos ficaram abaixo do custo de produção, aliada à dificuldade em gerenciar atividade com grande dependência de mão de obra e as geadas que atingiram a maioria das lavouras Por um longo período o café foi o principal gerador de riquezas para o Paraná, propiciando a fixação do trabalhador no meio rural e contribuindo para coroar com êxito o modelo de colonização, tornando as pequenas e médias propriedades economicamente viáveis numa época de poucas alternativas agrícolas O novo modelo de cafeicultura adensada implantado no estado atendeu as finalidades de diversificação agrícola, maior oferta de empregos rurais e aumento da fonte de renda das propriedades, com comprovada melhoria de produtividade em relação à cafeicultura tradicional Porém este modelo não considerou a necessidade de mecanizar as lavouras, que aliado a escassez de mão de obra, a uma produtividade média abaixo do potencial produtivo e a deficiente organização do setor, dificultaram o avanço da atividade no estado A mecanização do cafezal se justifica pelo alto custo da mão de obra, em especial na colheita, tornando o desenvolvimento da cafeicultura dependente desta tecnologia, fato que foi desconsiderado no Paraná até a última década O foco na proposta da cafeicultura adensada foi a busca pela produtividade e qualidade, ocupando a mão de obra supostamente disponível oriunda de outras culturas decadentes nas pequenas cidades Com isto, as áreas de cultivo foram diminuindo a cada safra agrícola, mesmo sem a ocorrência de fatores climáticos e fitossanitários relevantes e negativos à cultura do café Este trabalho tem como objetivos levantar informações do setor cafeeiro no Paraná, diagnosticar se os incentivos a expansão do café o levaram a ser uma atividade dependente da mão de obra e inviável no atual contexto e identificar novas potencialidades e oportunidades para a atividade Para obtenção das variáveis, a pesquisa foi fundamentada num estudo de caso, com levantamento de dados oficiais, aplicação de uma entrevista estruturada qualitativa junto a todos os setores da cadeia produtiva do café no Paraná e elaboração de três artigos relacionados ao tema Concluiu-se que a cafeicultura no Paraná é uma atividade em declínio, mas com potencial de recuperação frente às oportunidades presentes no estado e que políticas públicas em diversas áreas para setor são necessárias para a retomada do café, principalmente de apoio a mecanização cafeeira para redução de custos e modernização do modelo adensado

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Palavras-chave

Café, Paraná, Mecanização agrícola, Política cafeeira, Trabalhadores rurais, Paraná, Agricultural mechanization, Agricultural labores, Coffee

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