Biologia e histopatologia de Colletotrichum sublineolum em sorgo

Data

2006-02-21

Autores

Paccola, Ednéia Aparecida de Souza

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Resumo

A antracnose causada por Colletotrichum sublineolum é a mais importante doença da cultura do sorgo (Sorghum bicolor). Resultados da literatura relatam que este fungo apresenta dimorfismo conidial quando cultivado em meio sintético. Em meio sólido são produzidos conídios falcados e em meio líquido, os conídios ovais. Por serem escassas as informações sobre a biologia dos conídios ovais, este trabalho objetivou em um primeiro momento, estudar os estádios de desenvolvimento de conídios falcados e ovais de C. sublineolum sobre superfícies artificiais através da microscopia de luz e em folhas de sorgo através da microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. E no segundo momento examinar o processo de infecção tanto do conídio falcado quanto do oval de C. sublineolum sobre cultivares de sorgo, a fim de determinar a diferença no processo de infecção entre os dois conídios e a reação dos cultivares frente à colonização dos dois tipos de conídios. Em superfícies artificiais, á semelhança dos conídios falcados, os conídios ovais se aderem, germinam e formam estruturas de infecção. A partir da germinação de conídios falcados sobre estas superfícies, são formadas hifas espessas altamente vacuoladas e em suas regiões apicais e laterais, dão origem aos conídios ovais. Conídios ovais quando inoculados sobre folhas de sorgo germinam e com 24h formam apressório, caracterizando o processo de adesão deste conídio. Acérvulos com setas contendo conídios falcados envoltos por mucilagem foram formados a partir da infecção de conídios ovais sobre a superfície foliar, caracterizando o processo infectivo deste conídio. Conídios ovais apresentam semelhanças nos eventos de pré-penetração e penetração com os conídios falcados de C. sublineolum, no entanto no processo de infecção, os conídios falcados produzem hifas de penetração em proporção superior aos conídios ovais. Vesículas de infecção são formadas nas células epidérmicas do hospedeiro, abaixo tanto dos apressórios oriundos da germinação de conídio falcado como oval. Conídios ovais mostraram-se infectivos e capazes de desenvolver uma série de estruturas de infecção, como por exemplo, tubo germinativo, apressório, poro de penetração, vesículas de infecção, hifas primárias e hifas secundárias, completando assim o ciclo da doença. Porém é de extrema importância investigações mais precisas para esclarecer o verdadeiro papel biológico destes conídios no processo de estabelecimento e disseminação da doença.

Descrição

Palavras-chave

Doenças e pragas

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