Fragilidade em pessoas vivendo com HIV com 50 anos ou mais

dc.contributor.advisorCabrera, Marcos Aparecido Sarria
dc.contributor.authorWiechmann, Susana Lílian
dc.contributor.bancaMesas, Arthur Eumann
dc.contributor.bancaGuidoni, Camilo Molino
dc.contributor.bancaLopes, Gilselena Kerbauy
dc.contributor.bancaTano, Zuleica Naomi
dc.coverage.extent146 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-09-04T18:31:12Z
dc.date.available2024-09-04T18:31:12Z
dc.date.issued2023-07-04
dc.description.abstractPessoas vivendo com HIV (PVHIV) estão envelhecendo e sua expectativa de vida tem se aproximado daquela observada na população geral. Entretanto, PVHIV costumam ser mais precocemente acometidas por condições relacionadas à idade do que as não infectadas pelo HIV. A fragilidade, síndrome geriátrica caracterizada por um estado de vulnerabilidade a eventos estressores e associada a desfechos adversos como quedas, internações e óbito, pode ser mais prevalente e precoce nas PVHIV do que na população geral. A maioria dos estudos sobre fragilidade e HIV é proveniente de países desenvolvidos. No entanto, o aprofundamento sobre esse tema é igualmente necessário nos países em desenvolvimento, para auxiliar na elaboração de estratégias para o manejo dessa importante condição pelos serviços públicos de saúde. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi analisar a prevalência e os fatores associados à fragilidade em PVHIV com 50 anos ou mais atendidos nos serviços públicos de atenção especializada em HIV/Aids do Município de Londrina-PR. Trata-se de um estudo transversal, realizado por meio de entrevista pessoal e de avaliação clínica e do prontuário de 670 PVHIV em uso de terapia antirretroviral (TARV). A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2019 e março de 2020 e setembro de 2020 e novembro de 2021. A variável dependente correspondeu à fragilidade, avaliada por meio do fenótipo de fragilidade de Fried. As variáveis independentes incluíram: características sociodemográficas, hábitos de vida, variáveis clínicas e as relacionadas ao HIV e à TARV. Estatística descritiva foi utilizada para caracterizar a população, segundo o fenótipo de fragilidade, em robusta, pré-frágil e frágil. Variáveis independentes que se mostraram significativamente associadas com a presença de pré-fragilidade e fragilidade na análise bivariada foram incluídas em modelos de regressão logística multinomial. Do total de indivíduos avaliados, 91 (13,6%) foram considerados frágeis, 340 (50,7%) pré-frágeis e 239 (35,7%) robustos. A prevalência de fragilidade e pré-fragilidade foi maior nas mulheres (16,2% e 56,2%, respectivamente) do que nos homens (11,5% e 46,4%, respectivamente). Multimorbidade, depressão, queixas cognitivas subjetivas e pontuação do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) associaram-se (p=0,05) à fragilidade em ambos os gêneros. Enquanto tabagismo (OR=3,66; IC95%: 1,58-8,48) e histórico de baixa adesão à TARV (OR=3,10; IC95%: 1,33-7,23) estiveram associados à fragilidade em homens, depressão (OR=3,39; IC95%: 1,36-8,44) e ausência de dentição funcional (OR=3,77; IC95%: 1,36-10,43) associaram-se à fragilidade em mulheres. Baixa atividade física foi o critério mais prevalente (50,9%), seguido de exaustão (28,1%), fraqueza (24,0%), perda de peso não intencional (6,6%) e lentidão de marcha (6,3%). Exaustão, lentidão de marcha e baixa atividade física foram mais prevalentes entre as mulheres (p=0,05). Fraqueza, lentidão de marcha e baixa atividade física foram mais prevalentes nos indivíduos com = 60 anos (p=0,05). Todos os critérios, exceto a perda de peso, foram mais prevalentes entre indivíduos com menor escolaridade e todos eles foram mais prevalentes nos indivíduos de nível socioeconômico mais baixo (p=0,05). Este estudo acrescenta queixas cognitivas autorreferidas como um potencial preditor de fragilidade em ambos os gêneros, além de apoiar o conhecido efeito deletério da multimorbidade na fragilidade em PVHIV. Sugere, ainda, que outros possíveis preditores, como depressão, estado de saúde bucal e adesão à TARV, podem ser específicos de gênero. Baixa atividade física foi o componente mais prevalente nas PVHIV pré-frágeis ou frágeis. Medidas direcionadas a esse critério podem resultar em melhora da fragilidade dessa população. A prevalência e a distribuição dos componentes do fenótipo da fragilidade podem variar entre homens e mulheres vivendo com HIV e tais diferenças devem ser consideradas na abordagem dessa população.
dc.description.abstractother1People living with HIV (PLHIV) are aging, and their life expectancy has approached that observed in the general population. However, PLHIV tend to be affected earlier by age-related conditions than HIV-uninfected people. Frailty, a geriatric syndrome characterized by a state of vulnerability to stressful events and associated with adverse outcomes such as falls, hospitalizations and death, may be more prevalent and appears earlier in PLHIV than in the general population. Most studies on frailty and HIV come from developed countries. However, deepening this topic is equally necessary in developing countries, to assist in the elaboration of strategies for the management of this important condition by the public health services. In this sense, the objective of this study was to analyze the prevalence and factors associated with frailty in PLHIV aged 50 years or more assisted in public services of specialized care in HIV/AIDS in the city of Londrina-PR. This is a cross-sectional study, carried out through personal interviews and clinical assessment and medical records of 670 PLHIV using antiretroviral therapy (ART). Data collection took place between November 2019 and March 2020 and September 2020 and November 2021. The dependent variable corresponded to frailty, assessed using Fried frailty phenotype. Independent variables were included: sociodemographic characteristics, lifestyle, clinical variables and those related to HIV and ART. Descriptive statistics were used to characterize the population, according to the frailty phenotype, into robust, prefrail and frail. Independent variables that were significantly associated with the presence of prefrailty and frailty in the bivariate analysis were included in multinomial logistic regression models. Of the evaluated individuals, 91 (13.6%) were considered frail, 340 (50.7%) prefrail and 239 (35.7%) robust. The prevalence of frailty and prefrailty was higher in women (16.2% and 56.2%, respectively) than in men (11.5% and 46.4%, respectively). Multimorbidity, depression, subjective cognitive complaints and Mini Mental State Exam (MMSE) scores were associated (p=0.05) with frailty in both genders. However, while smoking (OR=3.66; 95%CI: 1.58; 8.48) and history of poor adherence to ART (OR=3.10; 95%CI: 1.33; 7.23) were associated with frailty in men, depression (OR=3.39; 95%CI: 1.36; 8.44) and lack of functional dentition (OR=3.77; 95%CI: 1.36; 10.43) were associated with frailty in women. Low physical activity was the most prevalent criterion (50.9%), followed by exhaustion (28.1%), weakness (24.0%), unintentional weight loss (6.6%) and slow gait (6.3%). Exhaustion, slow gait and low physical activity were more prevalent among women (p=0.05). Weakness, slow gait and low physical activity were more prevalent in individuals aged = 60 years (p=0.05). All criteria, except weight loss, were more prevalent among individuals with lower education and all of them were more prevalent in individuals with lower socioeconomic status (p=0.05). This study adds self-reported cognitive complaints as a potential predictor of frailty in both gender, in addition to supporting the known deleterious effect of multimorbidity on frailty in PLHIV. In addition, it suggests that other possible predictors, such as depression, oral health status and adherence to ART, may be gender-specific. Low physical activity was the most prevalent component in prefrail or frail PLHIV. Measures aimed at this criterion may result in an improvement in the fragility of this population. The prevalence and distribution of frailty phenotype components may vary between men and women living with HIV, and such differences should be considered when approaching this population.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17428
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCS - Departamento de Saúde Coletiva
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
dc.subjectHIV
dc.subjectAids
dc.subjectEnvelhecimento
dc.subjectFragilidade
dc.subjectSaúde pública
dc.subjectHIV (Vírus) - Envelhecimento - Tratamento
dc.subjectSíndrome geriátrica
dc.subjectSaúde - Serviços públicos
dc.subject.capesCiências da Saúde - Saúde Coletiva
dc.subject.keywordsHIV
dc.subject.keywordsAids
dc.subject.keywordsAging
dc.subject.keywordsFrailty
dc.subject.keywordsPublic health
dc.subject.keywordsGeriatric syndrome
dc.titleFragilidade em pessoas vivendo com HIV com 50 anos ou mais
dc.title.alternativeFrailty in people living with HIV ages 50 and over
dc.typeTese
dcterms.educationLevelDoutorado
dcterms.provenanceCentro de Ciências da Saúde

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