Fungos sapróbios no controle de Sclerotinia Sclerotiorum em soja

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Barros, Daiane Cristina Martins

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Resumo

Resumo: O trabalho objetivou a seleção de fungos sapróbios com potencial de controle do mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) da soja Foram realizados testes in vitro de antagonismo com o fungo fitopatógeno Sclerotinia sclerotiorum, de antibiose com metabólitos voláteis e não voláteis provenientes de fungos sapróbios originários do semiárido brasileiro Plantas de soja tratadas in vivo com fungos sapróbios foram inoculadas com S sclerotiorum para determinar o efeito da utilização desses sobre o controle do mofo-branco e sobre o desenvolvimento vegetativo das plantas Nos testes in vitro os tratamentos foram os fungos sapróbios Pithomyces chartarum (PIC), Myrothecium sp (MY), Curvularia inaequalis (CUI), Curvularia eragrostidis (CUE), Stachybotrys globosa (STG), Memnoniella echinata (MEE), Memnoniella levispora (MEL, exceto no ensaio de metabólitos não voláteis) e Stachylidium bicolor (STB) e a testemunha Nos ensaios in vivo, além dos tratamentos citados, foram utilizados como controle o meio de cultura dos fungos (batata-dextrose-BD) e o indutor de resistência Acibenzolar-S-metílico O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco repetições para os ensaios in vitro e quatro repetições para os ensaios in vivo A avaliação do crescimento micelial de S sclerotiorum foi realizada aos quatro e sete dias após a repicagem no teste de antagonismo, sete dias após a repicagem no teste de metabólitos voláteis e diariamente pelo período de três dias após a repicagem no teste de metabólitos não voláteis PIC, MY e CUI apresentaram maior efeito antagônico sobre S sclerotiorum nos testes de antagonismo, sendo a média de inibição do crescimento micelial de S sclerotiorum, para todas as avaliações realizadas, de 49,6%, 5,5% e 47,3% respectivamente Não foi verificado efeito de metabólitos voláteis produzidos por fungos sapróbios sobre o crescimento micelial de S sclerotiorum Em pelo menos um dos ensaios de metabólitos não voláteis os tratamentos PIC, MY, CUI, CUE e MEE foram eficientes na redução do crescimento micelial de S sclerotiorum A avaliação do comprimento da lesão in vivo foi realizada aos 8, 14 e 21 dias após a inoculação com S sclerotiorum O comprimento da lesão provocada por S sclerotiorum foi afetado pelo tratamento com fungos sapróbios A maior porcentagem de redução foi observada para o tratamento MY (7%) enquanto o tratamento STB (18,4%) apresentou a menor porcentagem entre os tratamentos realizados com fungos sapróbios A avaliação do comprimento e peso de parte aérea e raiz foi realizada aos 21 dias após a primeira aplicação dos fungos sapróbios Não foi observado efeito dos fungos sapróbios sobre a massa de parte aérea e raízes nas plantas de soja Pithomyces chartarum, Myrothecium sp, Memnoniella echinata, Memnoniella levispora e Stachybotrys globosa apresentam potencial de utilização como biocontroladores de Sclerotinia sclerotiorum em soja

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Palavras-chave

Fungos, Controle biológico, Sclerotinia sclerotiorum, Soja, Controle, Biological control, Diseases and pests, Soybean, Fungi

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