A contribuição da filosofia para crianças de Matthew Lipman para o desabrochar da criatividade na infância
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Franco, Ricardo da Silva
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Resumo
Resumo: Este trabalho analisa, com base nos pressupostos teóricos e metodológicos da pesquisa bibliográfica, a proposta do filósofo Matthew Lipman de ensinar filosofia na infância e a sua contribuição para o desenvolvimento do potencial criativo da criança Compreende-se que um dos problemas centrais da escola é o desenvolvimento da criatividade no processo de ensino e aprendizagem para o qual Lipman tem uma contribuição original na sua concepção de Filosofia para Criança Ele entende a prática filosófica como um movimento vivo de crítica e criação Quando alguém age os componentes do seu corpo tendem a dialogar entre si e essa mesma interação ocorre entre o pensar crítico e o pensar criativo O primeiro consiste num pensamento mais linear, explicativo e analítico, enquanto o segundo é mais inventivo e expansivo, porém não há nenhum pensamento criativo que não seja permeado de julgamentos críticos, ocorrendo a mesma interação articuladora no caso contrário A diferença se encontra na intensidade com que um ou outro aparece no processo reflexivo, sendo o pensar crítico sensível ao contexto e o pensar criativo, orientado pelo contexto para a transformação deste Na prática da comunidade de investigação, o pensar crítico pode impulsionar a criação de perguntas sobre conceitos problemáticos No processo investigativo, o pensar crítico analisa as hipóteses já pensadas (pelos membros reais e virtuais como os filósofos) avaliando sua pertinência para pensar de novo o problema ou pensar um problema novo O pensar criativo impulsiona pensar maneiras alternativas ainda não pensadas, extrapolando as limitações do já pensado e ampliando os significados da experiência real para abarcar uma experiência possível e relacionada Pode-se observar, dessa maneira, que ensinar filosofia nas séries iniciais, conforme Lipman teoriza, significa ensinar as crianças a pensar bem, ou seja, a pensarem de modo mais crítico, criativo e ético Nesse sentido, esta proposta pode servir como um modo alternativo para se pensar uma educação criadora contraposta à prática educacional repetidora centrada na memorização que tende a inibir a expressão do potencial criativo, na medida em que posterga a exigência do desenvolvimento desta potencialidade colocando-a como dependente do acúmulo de conhecimentos Em contrapartida, entende-se que o desenvolvimento da criatividade deve ocorrer de forma articulada e somatória no processo reflexivo de uma aprendizagem significativa podendo ser um caminho para a busca de um pensar com excelência
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Palavras-chave
Educação, Efeito das inovações tecnológicas, Criatividade (Educação), Crianças e filosofia, Education - Brazil, Children and philosophy