Identificação e caracterização molecular de isolados do agregado Aspergillus niger obtidos de frutas secas

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Ferracin, Lara Munique

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Resumo: A ocratoxina A (OA) é uma micotoxina que vem sendo detectada em uma ampla variedade de produtos alimentares, incluindo frutas secas Embora as frutas secas não sejam a principal fonte de OA de consumo humano, ações para evitar sua presença neste alimento poderiam diminuir a exposição humana a esta micotoxina A OA foi descoberta como um metabólito secundário de linhagens de Aspergillus ochraceus, mas em seguida várias outras espécies de Aspergillus foram descritas como produtoras desta toxina Atualmente, as espécies de Aspergillus negros (Aspergillus secção Nigri) têm sido descritas como as principais fontes de OA em frutas secas Há poucas diferenças entre algumas espécies pertencentes à secção Nigri e a identificação destes fungos muitas vezes requer análises baseadas em DNA De acordo com a proposta mais atual, 15 espécies são reconhecidas na secção Nigri: A aculeatus, A brasiliensis, A carbonarius, A ellipticus, A japonicus, A foetidus, A homomorphus, A heteromorphus, A niger, A tubingensis, A costaricaensis, A sclerotioniger, A piperis, A lacticoffeatus e A vadensis As cinco últimas foram recentemente descritas como espécies novas A niger sensu stricto, A tubingensis, A foetidus e A brasiliensis são espécies morfologicamente idênticas e juntas são chamadas de “agregado A niger” O potencial das espécies do “agregado A niger” em produzir OA é ainda incerto, provavelmente devido à dificuldade de identificação das espécies Neste trabalho, foram analisadas por RAPD e seqüências de nucleotídeos do gene que codifica para a ß-tubulina as relações genéticas de 51 isolados fúngicos, previamente identificados como “agregado A niger”, obtidos de amostras de frutas secas (uva passa escura, tâmara, ameixa, e figo), originárias de diferentes países (Argentina, Chile, Iran, Turquia, Espanha, Tunísia, Estados Unidos e México) A maior diversidade fúngica foi encontrada em uvas passas Aspergillus niger foi a espécie mais freqüente (69%) Esta espécie foi detectada em todos os substratos e todas as origens geográficas Aspergillus tubingensis também foi frequentemente encontrado em frutas secas (28%) Usando dados de RAPD e seqüências de nucleotídeos do gene da ß-tubulina, A tubingensis foi claramente subdividido em dois grupos (IA e IB) Um dos grupos (IA) foi formado por linhagens produtoras e não produtoras de OA, enquanto o subgrupo IB foi formado apenas por linhagens não produtoras A descoberta de dois grupos de linhagens de A tubingensis pode explicar a incongruência da literatura sobre a capacidade de A tubingensis em produzir OA

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Palavras-chave

Aspergillus niger, Ocratoxinas, Frutas secas, Genética vegetal, Plant genetics, Ochratoxins

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