Pandemia COVID-19: evidências de condições de saúde, trabalho e estratégias de enfrentamento entre trabalhadores da saúde

Data

2022-02-18

Autores

Redon, Josiane dos Santos

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Resumo

Crises sanitárias decorrentes de pandemias acompanham a humanidade e a depender do potencial pandêmico, podem impactar diretamente a vida das pessoas. Na perspectiva da pandemia da COVID-19, os imunizantes trouxeram alívio para a população e para os trabalhadores da área da saúde, principalmente da enfermagem, os quais foram impactados pela nova rotina tanto nas suas vidas pessoais como no trabalho. Em decorrência disto, nota-se a importância de encontrar meios para minimizar o impacto na saúde mental dos trabalhadores da saúde. Para tanto, este estudo teve como objetivos verificar as condições de saúde, de trabalho e de enfrentamento dos trabalhadores da enfermagem, pré e pós vacinação ocupacional contra COVID-19 e analisar as evidências disponíveis na literatura sobre estratégias psicossociais utilizadas por profissionais da saúde para o autocuidado, no enfrentamento de pandemias. O primeiro foi um estudo quase-experimental, do tipo pré e pós-intervenção com grupo único, realizado com 173 trabalhadores de enfermagem de oito serviços públicos de saúde dos três níveis de complexidade na região metropolitana de uma cidade do norte do Paraná. A coleta foi realizada no período de outubro de 2020 a maio de 2021. Utilizaram-se os seguintes instrumentos para a coleta: dados sociodemográficos e ocupacionais, Escala de Coping Ocupacional, Pittsburgh Sleep Quality Index, Oldenburg Burnout Inventory, World Health Organization Quality of Life Assessment Instrument. A coleta de dados ocorreu antes e após a intervenção utilizada, que neste estudo, foi a vacinação dos trabalhadores da enfermagem contra aCOVID-19. Os dados coletados foram analisados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 24.0. Foi realizado o teste de normalidade de Shapiro Will que determinou quais escalas apresentavam as variáveis score paramétricas e não paramétricas. Para as paramétricas utilizou-se média com desvio padrão e o teste-t de Student pareado, já para as não paramétricas foi realizado o teste de McNemar. Considerou-se estatisticamente significativo p>0,05 para todas as análises realizadas. No primeiro estudo,60% trabalhavam em instituições de referência para COVID-19 no período pós-vacinação, e desses profissionais, 22% faziam uso de todos os Equipamentos de Proteção Individual preconizados. Verificou-se que mesmo após a vacinação contra a COVID-19, os trabalhadores não melhoraram os índices de estresse, Burnout, distúrbios do sono e qualidade de vida. Dessa forma, a vacinação pode ser tratada como ótima estratégia para interromper a transmissão do vírus e diminuir a gravidade dos sintomas apresentados por aqueles contaminados, mas não se pode afirmar que quando os profissionais da enfermagem foram vacinados, ocorreram uma melhora nas condições de saúde e de trabalho desses profissionais.O segundo estudo foi uma revisão integrativa da literatura, para apresentar os dados referentes às formas de enfrentamento às pandemias, por parte dos profissionais da saúde. Os dados foram coletados em sete bases de dados. Foram incluídos no estudo 17 artigos que obedeceram aos critérios de elegibilidade. Os dados foram apresentados em forma de quadros e discutido os achados científicos. As principais estratégias encontradas para o enfrentamento, foram: atitudes positivas, conhecimento sobre a doença, medidas rigorosas de prevenção, suporte multidimensional e institucional, medidas de autocuidado e enfrentamento religioso

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Palavras-chave

Saúde mental, Saúde Pública, COVID-19, Doença endêmica, Comunicação em saúde

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