Desempenho do sprint em velocistas brasileiros de alto rendimento : variabilidade de movimento, coordenação e efeito de diferentes protocolos de aquecimento no desempenho

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Moura, Túlio Bernardo Macedo Alfano

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Resumo: O sprint é uma atividade extensivamente pesquisada na literatura No entanto, a diversidade de métodos, amostras e intervenções utilizadas dificulta a aplicação de práticas especificamente voltadas à atletas velocistas de alto rendimento no atletismo Portanto, compreender como variáveis biomecânicas e fatores intervenientes atrelados ao desempenho, como o aquecimento, influenciam a corrida de atletas de alto rendimento pode auxiliar na adoção de práticas que visem melhores desempenhos Assim, o objetivo desta tese foi caracterizar o sprint de atletas brasileiros velocistas de alto rendimento, com relação às diferentes fases da corrida de velocidade, variabilidade de movimento por método de análise não-linear e coordenação, além de verificar o efeito de diferentes protocolos de atividade condicionante sobre o sprint de velocistas brasileiros de elite Para isto, foram realizadas 4 etapas, a saber: 1- Realização de uma Revisão Sistemática sobre os fatores intervenientes no sprint, de acordo com a fase de corrida; 2- Caracterização da variabilidade de movimento e coordenação no sprint em atletas de diferentes níveis no sprint; 3- Identificação dos métodos de aquecimento adotados por treinadores brasileiros de elite na prova dos 1 metros rasos; 4- Análise do efeito de diferentes atividades condicionantes no sprint de velocistas na modalidade de atletismo A Revisão Sistemática foi realizada de acordo com os protocolos do PRISMA e caracterizou variáveis cinemáticas e dinâmicas em cada fase do sprint Na etapa 2, 14 atletas homens (286 ± 41 anos, 175 ± 7 m, 6864 ± 721 Kg, tempo nos 1 metros = 169 ~ 117s) realizaram três sprints de 5 metros Os indivíduos foram divididos em dois grupos, de acordo com o melhor tempo alcançado A variabilidade de movimento das articulações do quadril, joelho e tornozelo foram mensuradas por meio da entropia, enquanto o padrão de coordenação foi verificado por meio da técnica de Vector Coding Foi verificado que atletas mais lentos apresentaram maior variabilidade de movimento para a articulação do joelho, quando comparados aos seus pares mais rápidos No entanto, não foram identificadas diferenças coordenativas entre os grupos Na etapa 3 foi identificado os protocolos de aquecimento adotados por treinadores brasileiros de elite na prova dos 1 metros rasos por meio de um questionário Os treinadores reportaram utilizar corrida de intensidade leve, alongamento dinâmico, exercícios coordenativos e sprints no aquecimento, sendo semelhante em competições-alvo e não-alvo Além disto, os profissionais entrevistados não utilizam exercícios com pesos durante a rotina de aquecimento Por conseguinte, na etapa 4, participaram 13 atletas homens (257 ± 49 anos; 7369 ± 926 kg; 178 ± 6 m; tempo nos 1 m: 157 ~ 117) em período competitivo Foi avaliado o efeito de duas atividades condicionantes (Jump Squat com Optimum Power Load e Jump Squat com 8%RM) sobre o salto vertical, sprint de 5 metros e propriedades contráteis dos músculos Reto Femoral e Bíceps Femoral As atividades condicionantes não melhoraram o desempenho subsequente nas variáveis analisadas No entanto, foram verificadas mudanças individuais nas variáveis CMJ e sprint, sem distinção de exercício de aquecimento e intervalo entre atividade condicionante e tarefa subsequente Portanto, nesta tese, foi encontrado que as variáveis biomecânicas apresentam diferentes influências de acordo com a fase do sprint analisada Além disto, a coordenação de membros inferiores foi similar mesmo em sprinters de diferentes níveis de desempenho, enquanto a variabilidade de movimento foi maior para articulação do joelho em sprinters mais lentos, sendo justificada pela tentativa do sistema motor em se adaptar às magnitudes das forças externas durante a progressão de passos na corrida Por conseguinte, a adoção de atividades condicionantes que potencializem o desempenho subsequente no sprint deve ser utilizada considerando possíveis mudanças individuais

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Palavras-chave

Atletismo, Sprint, Entropia, Variabilidade, Biomecânica, Athletics, Sprinting, Entropy, Variability, Biomechanics

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